Biden convida Bolsonaro para reunião bilateral durante cúpula

Bolsonaro, que cogita faltar à reunião, ainda não respondeu ao convite, segundo três funcionários do governo brasileiro

Convite de Biden foi feito na terça-feira (24) por Christopher Dodd, enviado especial da Casa Branca para discutir a cúpula com líderes da região
Por Simone Iglesias
25 de Maio, 2022 | 02:06 PM

Bloomberg — O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em uma tentativa de reforçar a participação na Cúpula das Américas em Los Angeles, convidou Jair Bolsonaro para uma reunião bilateral durante o evento, segundo um funcionário do governo brasileiro familiarizado com o assunto.

O convite de Biden foi feito na terça-feira por Christopher Dodd, enviado especial da Casa Branca para discutir a cúpula com líderes da região, disse a pessoa, que pediu anonimato porque o assunto não é público. O convite foi noticiado primeiro pela Folha de S.Paulo.

Bolsonaro, que cogita faltar à reunião, ainda não respondeu ao convite, segundo três funcionários do governo brasileiro. O Palácio do Planalto e o Ministério das Relações Exteriores não responderam imediatamente a pedido de comentário. A Casa Branca não quis comentar.

Após ser recebido por Bolsonaro e o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, no Planalto, Dodd disse que foi enviado por Biden para estabelecer uma “agenda positiva e compartilhada” para a cúpula.

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“Em meu encontro com o presidente Bolsonaro, reiterei o nosso desejo de que o Brasil seja um participante ativo da Cúpula, pois reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero”, Dodd afirmou por meio de um comunicado oficial, sem confirmar o convite de Biden para uma reunião bilateral.

A Cúpula das Américas de Biden, marcada para 6 a 10 de junho, corre o risco de se tornar um encontro de ministros de relações exteriores, em sua maioria, após o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador ameaçar faltar a menos que todos os líderes latino-americanos sejam bem-vindos, inclusive os de Cuba, Venezuela e Nicarágua. Bolsonaro também estava inclinado a faltar para se concentrar em sua campanha de reeleição.

O presidente brasileiro, que era um aliado próximo de Donald Trump e o visitou na Casa Branca e em Mar-a-Lago durante sua presidência, ainda não falou com Biden desde sua posse. Ele foi um dos últimos presidentes a parabenizar Biden por sua vitória em 2020.

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