Mercado de fertilizantes fica de olho no potássio do Canadá

Reservas no oeste canadense ficam no centro das atenções com interrupção no abastecimento vindo de Belarus e da Rússia

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Bloomberg — Os amplos depósitos de potássio do Canadá atraem muito interesse em todo o mundo desde que as sanções derrubaram os mercados globais de fertilizantes.

A província de Saskatchewan, no oeste canadense, tem recebido “atenção renovada” em seus recursos de potássio devido ao fornecimento interrompido de Belarus e da Rússia, de acordo com Bronwyn Eyre, ministro de energia e recursos naturais da província.

Saskatchewan tem os maiores depósitos de potássio do mundo e Eyre disse que o governo provincial trabalha com empresas para incentivar mais produção e espera “uma demanda crescente por novos projetos” nos próximos anos.

“Somos uma potência de minerais críticos e podemos ser ainda maiores”, disse Eyre em entrevista por telefone.

Os mercados de fertilizantes estão em desordem desde que os Estados Unidos impuseram sanções a Belarus e à Rússia após a invasão da Ucrânia em fevereiro. Os dois países respondiam por cerca de 40% da produção e exportações globais de potássio, de acordo com a Nutrien. O Canadá é a outra grande fonte do fertilizante.

Saskatchewan tem cerca de 1,1 bilhão de toneladas de óxido de potássio, o suficiente para abastecer o mundo por várias centenas de anos, de acordo com o ministério de energia da província.

Apenas uma pequena fração disso está em produção, com 10 minas na província operadas pela K+S Potash Canada, Nutrien e Mosaic. Saskatchewan produziu um recorde de 14,2 milhões de toneladas de potássio no ano passado. A BHP tem um projeto de US$ 5,7 bilhões para construir o que será a maior mina de potássio do mundo na província.

Saskatchewan espera um aumento nos projetos de exploração e mineração, embora demore um pouco para que novas minas comecem a funcionar, disse Eyre.

“É um caso de oferta atendendo à demanda agora”, disse Eyre. “Isso leva algum tempo.”

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