Meta dispara no pós-mercado com crescimento de usuários do Facebook

Ações subiram mais de 12% depois que a Meta registrou 1,96 bilhão de usuários diários no Facebook, um retorno ao crescimento

Ações da Meta, com sede em Menlo Park, Califórnia, subiram para US$ 198,99 em negociações do pós-mercado após o balanço
Por Kurt Wagner
27 de Abril, 2022 | 06:24 PM

Bloomberg — Carro-chefe da Meta (FB), o Facebook adicionou mais usuários do que o projetado no primeiro trimestre, afastando potencialmente as preocupações de que a empresa estaria perdendo força à medida que uma nova geração de usuários migra para sites mais jovens como o TikTok.

As ações subiram mais de 12% no pós-mercado depois que a Meta registrou 1,96 bilhão de usuários diários para o Facebook, um retorno ao crescimento após o primeiro declínio no último trimestre. Analistas haviam estimado 1,94 bilhão. A receita saltou 6,6%, para US$ 27,9 bilhões.

As ações da Meta estão no meio de sua pior queda prolongada de todos os tempos. As ações acumulam queda de quase 50% este ano devido a crescentes preocupações de que o principal negócio da Meta - publicidade em seus feeds de mídia social - estivesse perdendo força e pudesse gerar menos lucro. Essa desaceleração tornaria mais difícil para a empresa justificar a visão cara do metaverso do CEO Mark Zuckerberg, alimentada pela realidade virtual, um negócio que não trará lucro por anos - ou nunca.

Zuckerberg reconheceu que o aplicativo de compartilhamento de vídeos TikTok, de propriedade da chinesa ByteDance, está oferecendo uma séria competição pela atenção de usuários jovens. Enquanto isso, as mudanças nas regras de coleta de dados nos iPhones prejudicaram a capacidade da Meta de veicular anúncios direcionados aos usuários. Os anunciantes da empresa também estavam gastando menos devido a problemas com cadeias de suprimentos, inflação e a guerra em andamento na Ucrânia.

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As vendas no período atual são estimadas em US$ 28 bilhões a US$ 30 bilhões, disse a Meta nesta quarta-feira em comunicado, em comparação com os US$ 30,7 bilhões previstos em média pelos analistas.

“Essa perspectiva reflete a continuação das tendências que impactam o crescimento da receita no primeiro trimestre, incluindo a suavidade na segunda metade do primeiro trimestre que coincidiu com a guerra na Ucrânia”, disse a empresa no comunicado.

O lucro líquido no primeiro trimestre foi de US$ 7,47 bilhões, ou US$ 2,72 por ação. Analistas estimavam lucro de US$ 2,56 por ação.

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As ações da Meta, com sede em Menlo Park, Califórnia, subiram para US$ 198,99 em negociações do pós-mercado após o relatório. Elas caíram 3,3%, para US$ 174,95 no fechamento desta quarta-feira.

No trimestre passado, a empresa informou que os usuários diários de seu serviço principal, o Facebook, diminuíram ligeiramente pela primeira vez, levantando a possibilidade de que a principal rede social tivesse atingido o pico de popularidade. O Facebook já estagnou em tamanho nos EUA, seu mercado mais valioso; agora há preocupações de que o aplicativo principal possa ter atingido a saturação em todo lugar e esteja caminhando para um declínio a longo prazo.

Em outubro, Zuckerberg disse que o Facebook se concentraria em atrair “jovens” para o serviço como forma de combater a ascensão do TikTok e outros produtos concorrentes. Isso significa priorizar o Reels, um formato de vídeo copiado no Instagram e Facebook. Embora o uso do Reels esteja crescendo rapidamente, os anunciantes da empresa não foram tão rápidos para mudar para o novo formato.

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