Puxado por Vale e Petrobras, Ibovespa sobe na contramão de Wall Street

After Hours: Ganhos foram impulsionados pela alta das commodities; no exterior, bolsas caíram sem acordo de paz entre Rússia e Ucrânia

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30 de Março, 2022 | 05:39 PM

Bloomberg Línea — Boa noite! Este é o After Hours - o seu resumo diário do que aconteceu no mercado. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

Os temores de queda na oferta russa de petróleo e gás, em meio à guerra na Ucrânia, levou a uma alta no preço das commodities nesta quarta-feira (30) e contribuiu para ganhos no Ibovespa (IBOV), que fechou aos 120.259 pontos.

O índice subiu na contramão de Wall Street, que teve queda de mais de 1% em um cenário de maior pessimismo no exterior. A Rússia disse que as negociações não produziram avanços e que está reagrupando forças em um esforço para completar a aquisição da região leste de Donbass.

Os danos econômicos da guerra estão piorando em toda a Europa à medida que a inflação já recorde dispara ainda mais e a Alemanha enfrenta o perigo de recessão por causa de sua dependência da energia russa.

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  • O barril de petróleo tipo Brent para junho encerrou o pregão negociado aos US$ 111,44 por barril, alta de 3,5%. O tipo WTI também subiu, negociado aos US$ 107,8.

Confira como fecharam os mercados nesta quarta-feira (30):

Na Bolsa brasileira, as blue chips Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4) sustentaram o índice, com ganhos de 1,43%, 1,77% (ON) e 2,14% (PN), respectivamente.

Os ganhos foram liderados por ações ligadas às commodities, como CSN (CSNA3), que subiu 2,46%, a R$ 26,68, e Gerdau (GGBR4), com alta de 2,09%, a R$ 30,72.

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Do lado das perdas, destaque para a queda de 5,5% de Qualicorp (QUAL3) e de 4,56% de Natura (NTCO3).

O sentimento de maior aversão ao risco contribuiu para uma valorização do dólar, que subiu 0,50%, aos R$ 4,78. O movimento de alta também foi visto entre os contratos de juros futuros: o DI para 2025, por exemplo, subiu 20 pontos-base, a 11,50%.

Nos EUA, as bolsas chegaram a cair 1,2% (Nasdaq), enquanto na Europa, as bolsas fecharam de forma mista: o Dax, da Alemanha, recuou 1,45%, enquanto o FTSE, do Reino Unido, subiu 0,55%.

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.