Transporte de café emprega método defasado por falta de contêineres

Transporte da commodity em sacas gigantes de uma tonelada é de difícil manejo

Exportadores voltam a usar método popular há mais de 20 anos
Por Tatiana Freitas
25 de Março, 2022 | 02:04 PM

Bloomberg — O envio de café para o exterior ficou tão difícil devido à escassez de contêineres que alguns exportadores estão adotando um método de transporte que era popular décadas atrás.

Cinco dos chamados navios “break bulk”, que transportam grãos de café embalados em sacas gigantescas de 1.000 quilos, deixaram os portos brasileiros desde novembro, correspondendo a cerca de 4% das exportações do maior produtor mundial. Normalmente, é difícil lidar com sacas tão grandes, por isso o método não é usado há mais de 20 anos. Agora, está voltando como uma das poucas alternativas aos contêineres padrão, que estão em falta.

“Vários exportadores buscam mais informações sobre essa modalidade de remessa, que consideramos uma alternativa para os desafios logísticos globais que devem persistir em 2022”, disse Marcos Matos, diretor geral do Cecafé. “Não vimos nenhuma perda de qualidade nessas remessas.”

O Cecafé estima que o equivalente a 500 mil a 600 mil sacas padrão de 60 quilos de café foram transportadas em navios break bulk nos últimos quatro meses. Em dezembro, a Cooxupe, a maior cooperativa de café arábica do mundo, disse que planejava realizar duas remessas do tipo após seu primeiro experimento sem contêineres semanas antes.

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