Zona do Euro enfrenta custo de 2% do PIB com guerra, diz UBS

Custos adicionais incluirão lidar com fluxo de refugiados e aumento de gastos com defesa e segurança energética, disseram economistas

Cálculo do UBS fornece vislumbre inicial do efeito nas finanças públicas que já haviam sido esticadas por medidas para amortecer o impacto econômico da pandemia
Por Craig Stirling
23 de Março, 2022 | 11:32 AM

Bloomberg — Os gastos extras dos governos da zona do euro causados pela invasão da Ucrânia pela Rússia somarão cumulativamente 2% da produção anual até o final do próximo ano, segundo economistas do UBS.

Isso inclui despesas suplementares de 1,5% do produto interno bruto em 2022 e outros 0,5% nos 12 meses seguintes, escreveram Felix Huefner, Reinhard Cluse, Anna Titareva e Jennifer Aslin em relatório.

Embora o foco inicial da expansão orçamentária seja mitigar as contas de energia mais altas, os custos adicionais incorridos incluirão lidar com o fluxo de refugiados, e aumento de gastos com defesa e segurança energética, disseram os economistas.

O cálculo do UBS fornece um vislumbre inicial do efeito nas finanças públicas que já haviam sido esticadas por medidas para amortecer o impacto econômico da pandemia. Bruxelas sinalizou que as regras que limitam os déficits na região que foram suspensas pelo surto podem permanecer assim no próximo ano.

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“Duvidamos que qualquer decisão nesse sentido seja contestada pelos países mais hawkish”, disseram os economistas do UBS. Mesmo que a suspensão fosse levantada, “assumimos que a Comissão Europeia daria margem de manobra suficiente para países com estouros orçamentários, também levando em consideração gastos adicionais com refugiados, defesa e segurança energética”.

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