Verde tem melhor fevereiro desde 2017 e amplia cautela com ações

Gestora criada por Stuhlberger espera que impacto da guerra sobre commodities dure bastante tempo e vê “equilíbrio macro global” mais desafiador

"Crescimento tende a sofrer com o aperto de condições financeiras trazido pela guerra, especialmente na Europa.”
Por Vinícius Andrade
10 de Março, 2022 | 03:34 PM

Bloomberg — O fundo Verde ficou mais cauteloso com suas alocações em bolsa, especialmente no mercado internacional, dada a perspectiva de inflação ainda mais alta e crescimento econômico global menor em meio aos impactos da invasão da Ucrânia pela Rússia.

“A inflação já vinha alta antes da invasão, e isso só piorou”, disse a Verde Asset Management, em carta a cotistas. “Ao mesmo tempo, o crescimento tende a sofrer com o aperto de condições financeiras trazido pela guerra, especialmente na Europa.”

A Verde, criada por Luis Stuhlberger, espera que o impacto da guerra sobre os preços de commodities dure bastante tempo e vê um “equilíbrio macro global” mais desafiador. “Equilíbrios ‘estagflacionários’ são particularmente difíceis de navegar para os banqueiros centrais.”

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O principal fundo da gestora possui posições que se beneficiam de juros mais altos nos EUA e, em menor medida, na Europa. O Verde também está comprado em inflação implícita no Brasil.

Os ganhos com inflação implícita ajudaram o fundo a registrar o seu melhor mês de fevereiro desde 2017, subindo 1,32%. Posições tomadas em mercados desenvolvidos e hedges de bolsa no exterior também colaboraram, enquanto o fundo teve perdas com apostas em ações brasileiras.

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