Bitcoin cai para a mínima de uma semana com fuga de ativos de risco

Traders buscam porfólio mais conservador à medida que conflito na Ucrânia se estende e ameaça commodities

Bitcoin caía abaixo de US$ 38 mil nesta segunda-feira (7)
Por Joana Ossinger
07 de Março, 2022 | 08:35 AM

Bloomberg — O Bitcoin caía abaixo de US$ 38 mil nesta segunda-feira (7), com os mercados globais despencando devido a preocupações de que a invasão russa da Ucrânia e a disparada dos preços das commodities podem ter um impacto mais amplo e duradouro do que se pensava anteriormente.

A maior criptomoeda recuava 3,7%, para US$ 37.596 na segunda-feira na Ásia, seu nível mais baixo em uma semana, antes de se recuperar ligeiramente. O Ether caía 4,6%, para US$ 2.508,80, o menor desde 24 de fevereiro. Outros tokens importantes como Solano, Cardano e Avalanche também caíram, de acordo com os preços da CoinGecko.

O Bitcoin agora perdeu todos os ganhos que obteve no início da semana passada e está novamente sendo negociado amplamente de acordo com outros ativos de risco. As perdas de segunda-feira ocorreram quando o petróleo disparou devido a preocupações de que os EUA e seus aliados possam proibir as importações russas de petróleo, pressionando mais a inflação já elevada.

Durante a maior parte deste ano, o Bitcoin foi negociado de lado, não conseguindo sustentar nenhum avanço acima de US$ 45 mil. Edward Moya, analista sênior de mercado da Oanda, escreveu em nota na sexta-feira que “a formação ampliada do Bitcoin pode ver a pressão de venda tentar testar a área de US$ 37 mil″.

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Bitcoin cai à medida que a invasão russa da Ucrânia continua

O declínio nas criptomoedas refletiu uma ampla liquidação nos mercados de ações asiáticos na segunda-feira, que viu o índice Hang Seng de Hong Kong cair 3,6% e o índice Nikkei do Japão cair 3%. O presidente russo, Vladimir Putin, disse no domingo que a guerra continuará até que a Ucrânia aceite suas exigências, derrubando as esperanças de uma resolução rápida.

Com a invasão da Rússia se aproximando da marca de duas semanas, um debate tem sido travado sobre se as criptomoedas são uma proteção contra a crescente disposição dos governos de confiscar ativos financeiros – ou uma ferramenta conveniente de evasão de sanções que precisa de um policiamento mais rigoroso.

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