Bloomberg — Os varejistas de moda Hennes & Mauritz, Burberry Group e Boohoo Group estão reduzindo as operações na Rússia após a invasão da Ucrânia, com a cadeia de roupas sueca expressando preocupação com “desenvolvimentos trágicos” no país.
A H&M está pausando todas as vendas na Rússia depois de fechar lojas na Ucrânia por razões de segurança, como informou a empresa na quarta-feira (2). A Burberry suspendeu as remessas para o país até novo aviso devido a “desafios operacionais”, segundo um porta-voz. A marca de luxo do Reino Unido tem duas lojas e uma concessão na Rússia, que permaneceram abertas por enquanto.
As empresas de moda estão adotando abordagens divergentes uma semana após a invasão russa, com marcas de consumo como Nike e H&M reduzindo rapidamente os negócios, enquanto outras, como Bulgari e Richemont, continuam vendendo seus produtos.
A varejista de moda online Asos também interrompeu as vendas para a Rússia, dizendo que “não é prático nem certo” continuar fazendo negócios lá. A Asos já havia parado as operações na Ucrânia depois que a invasão impossibilitou o atendimento de clientes no país.
As ações caíram 10% em de Londres na quinta-feira (3). Outros também caíram, com a H&M perdendo até 3%.
A rival da Asos, Boohoo, que vende para compradores russos por meio de seu site, suspendeu suas operações no país no final da semana passada, segundo um porta-voz da empresa. A Boohoo não possui canais de vendas na Ucrânia. Suas ações caíram até 5,7%.
Além das preocupações com o conflito, fazer negócios na Rússia tornou-se difícil para as empresas estrangeiras. As sanções estão aumentando, o rublo está despencando e vários serviços de correio interromperam as entregas ao país.
A suspensão de fretes e envios não deve ter um grande impacto financeiro nos varejistas.
A exposição da Burberry à Rússia é inferior a 1% das vendas, segundo o porta-voz da empresa. A Asos disse que as receitas na Rússia e na Ucrânia representaram cerca de 4% das vendas no último ano fiscal. As operações russas da Boohoo representam uma fatia de 5% da receita proveniente de um grupo de países que inclui predominantemente Austrália, Nova Zelândia e Canadá.
– Esta notícia foi traduzida por Marcelle Castro, Localization Specialist da Bloomberg Línea.
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