Doping de patinadora da Rússia antes das Olimpíadas é confirmado

Atleta de 15 anos de idade testou positivo para trimetazidina em 25 de dezembro, no Campeonato Russo de Patinação Artística

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Bloomberg — A patinadora russa Kamila Valieva testou positivo para uma substância proibida antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, de acordo com a Agência Internacional de Testes (ITA, na sigla em inglês). O resultado só veio à tona depois que ela ajudou a Rússia a vencer a competição de patinação artística por equipes.

Em uma amostra coletada em 25 de dezembro no Campeonato Russo de Patinação Artística, Valieva testou positivo para trimetazidina, informou a ITA nesta sexta-feira. A droga é normalmente usada para tratar dor no peito e vertigem, mas também pode aumentar a resistência.

Os resultados foram divulgados por um laboratório sueco em 8 de fevereiro, depois que a equipe russa ficou em primeiro lugar, mas antes da entrega de medalhas.

A cerimônia de entrega da medalha não acontecerá até que a União Internacional de Patinação (ISU, na sigla em inglês) finalize os resultados da competição, e isso não acontecerá até que o caso seja resolvido. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, seguidos pelo Japão e Canadá.

A agência antidoping russa suspendeu Valieva temporariamente depois de saber dos resultados, mas a reintegrou em 9 de fevereiro. Tanto o Comitê Olímpico Internacional quanto a ISU estão apelando dessa decisão ao Tribunal Arbitral do Esporte, que determinará se Valieva pode continuar a competir em Pequim. Seu próximo evento é patinação individual, em 15 de fevereiro.

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O Comitê Olímpico Russo disse que Valieva tem o direito de treinar e competir até que o tribunal decida o contrário, informou a agência de notícias AFP.

Valieva tem 15 anos de idade e, portanto, sob as regras de doping, seu nome normalmente não seria divulgado nas investigações, afirmou a ITA em seu comunicado. A organização, contudo, sentiu que era necessário divulgá-lo, já que vários relatos da mídia nos últimos dias a nomearam.

O porta-voz do COI, Mark Adams, se recusou a fazer comentários detalhados na sexta-feira, citando o caso em andamento.

“Temos 100% de política contra o doping e certamente vamos perseguir todos os casos de doping até o fim”, disse ele. “Mas neste caso específico é um caso ativo e estamos esperando que seja totalmente visto até o fim.”

-- Com o auxílio de Claire Che.

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