URGENTE: IPCA avança 0,54% em janeiro, maior para o mês desde 2016

Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 10,38%, acima dos 10,06% registrados nos 12 meses anteriores

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Bloomberg Línea — O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) teve alta mensal de 0,54% em janeiro, o maior avanço para o mês desde 2016.

As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

  • Segundo o instituto, o resultado foi influenciado, principalmente, por alimentação e bebidas, com alta 1,11%, que teve o maior impacto no índice.
  • Os principais destaques foram as carnes, com avanço de 1,32%, e as frutas, com alta de 3,40%, que embora tenham desacelerado em relação ao mês anterior
  • Já os principais recuos foram registrados nos preços do arroz, do frango inteiro e do frango em pedaços

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Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 10,38%, acima dos 10,06% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a variação mensal foi de 0,25%.

Inflação dos transportes

A desaceleração no índice do mês foi puxada pelos transportes, grupo com maior peso do IPCA, que recuou 0,11%, após subir 0,58% em dezembro. Esse foi o único dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados a ter queda em janeiro, segundo o IBGE.

  • Esse recuo é consequência, principalmente, da queda nos preços das passagens aéreas, com queda de 18,35%, e dos combustíveis, com recuo de 1,23%.
  • Além da gasolina, também houve queda nos preços do etanol e do gás veicular.

Expectativas para 2022

Ontem, os economistas consultados pelo Banco Central no relatório Focus mostraram esperar que a inflação medida pelo IPCA chegue a 5,44% em 2022, contra a projeção de 5,38% na última semana. É a quarta alta consecutiva no boletim que reúne as projeções dos principais especialistas no país.

Após os dados de hoje, o economista-chefe da corretora Necton, André Perfeito, divulgou uma nota de revisão da previsão da casa para a taxa básica de juros, a Selic, de 12% para 12,25%.

“Antes trabalhávamos com altas de 75 e 25 pontos base, mas no parece que o cenário de 100 pontos na próxima reunião irá se consolidar entre os investidores e assim achamos prudente tal revisão”, escreve.

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