OMS pede US$ 16 bi de países ricos para auxílio-pandemia

Plano da organização é popularizar o acesso de países pobres a recursos para enfrentar a pandemia, como vacinas e testes

Apenas 0,4% dos testes realizados em todo o mundo foram realizados em países de baixa renda
Por Thomas Mulier
09 de Fevereiro, 2022 | 08:24 AM

Bloomberg — A Organização Mundial da Saúde está pedindo a países mais ricos a doação de US$ 16 bilhões para um programa destinado a oferecer acesso a vacinas, tratamentos e testes de covid-19 em países de baixa e média renda.

Segundo a proposta da OMS, países de renda mais alta fariam doações proporcionais à sua contribuição para o comércio mundial, ao passo que países de média renda precisariam autofinanciar custos adicionais de US$ 6,5 bilhões, disse a agência das Nações Unidas na quarta-feira (9).

O plano de financiamento da organização veio após uma resposta silenciosa ao seu apelo em outubro para arrecadar US$ 23,4 bilhões para o plano ACT-Accelerator. Dos US$ 16 bilhões solicitados para financiar o programa principal, a OMS arrecadou apenas US$ 800 milhões.

O diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus pediu aos países ricos que intensifiquem seu apoio aos mais pobres para acelerar o fim da pandemia. Cerca de metade dos países de todo o mundo ficaram aquém da meta da OMS de vacinar no mínimo 40% de suas populações até o fim de 2021.

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Apenas 0,4% dos 4,7 bilhões de testes de covid realizados em todo o mundo foram usados em países de baixa renda, disse a OMS. O programa ACT-Accelerator visa disseminar testes, tratamentos, vacinas e equipamentos de proteção individual para países de baixa e média renda.

--Esta notícia foi traduzida por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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