Quais são as cidades da América Latina mais prósperas segundo a ONU?

Das seis cidades entre as 29 da lista, apenas Buenos Aires está na melhor colocação; São Paulo está na metade inferior da classificação

Avenida 9 de julio en Buenos Aires.
05 de Fevereiro, 2022 | 11:32 AM

Bloomberg Línea — Seis cidades latino-americanas figuraram no Índice de Prosperidade das Cidades, ou CPI, na sigla em inglês, elaborado pelo ONU-Habitat, o programa das Nações Unidas para assentamentos humanos e desenvolvimento urbano sustentável.

O ranking foi elaborado após a ONU-Habitat realizar pesquisas em 54 cidades do mundo em desenvolvimento, buscando conceituar “prosperidade”.

A organização internacional listou 29 cidades após medição dos seis critérios e 46 indicadores fundamentais para uma cidade ser mais próspera. Entre eles estão os conceitos de sucesso, riqueza, condições de bem-estar, além de confiança no futuro e nas oportunidades.

Dentro da lista, destacam-se Buenos Aires (Argentina) e Bogotá (Colômbia) por governança e legislação urbana, e Cidade do México (México), obtendo as maiores pontuações e ocupando as posições 12, 16 e 19, respectivamente.

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Buenos Aires obteve nota de 63,5 de um total de 100, situando-se em um nível de “moderada solidez” com um reforço das políticas urbanas, segundo o Barômetro da Prosperidade, no qual um nível de 80 a 100 reflete uma prosperidade “muito sólida” com políticas consolidadas.

Bogotá atingiu pontuação de 58,97, ao passo que a capital mexicana ficou com 57,55, o que implica que ambas apresentam uma prosperidade moderadamente frágil.

Por sua vez, Lima (Peru) ficou em 20º lugar, São Paulo (Brasil) 22º e Santiago (Chile) 25º. Devido às suas pontuações, também estão no nível de prosperidade moderadamente frágil.

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As dimensões abordadas no índice para uma cidade próspera foram:

  • Produtividade. Contribuição para o crescimento econômico e ao desenvolvimento, gerando receita, emprego e igualdade de oportunidades para toda a população.
  • Desenvolvimento de infraestrutura. Implementação de infraestrutura, ativos físicos e serviços como água, saneamento, abastecimento de energia, rede rodoviária, tecnologia da informação e comunicação, necessários para sustentar a população e a economia.
  • Qualidade de vida. Prestação de serviços sociais, de educação, saúde, lazer, segurança e proteção necessários para melhorar o padrão de vida.
  • Igualdade e inclusão social. A pobreza e as desigualdades devem ser mínimas. Nenhuma cidade pode alegar ser próspera quando grandes segmentos da população vivem na miséria e na privação. Isso implica reduzir a incidência de favelas.
  • Sustentabilidade ambiental. O crescimento das cidades e seu desenvolvimento econômico não destroem nem degradam o meio ambiente; os bens naturais são preservados para uma urbanização sustentável.
  • Governança urbana e legislação. As cidades são mais capazes de combinar sustentabilidade e prosperidade compartilhada por meio de governança urbana eficaz e uma liderança transformacional, implantando políticas, leis e regulamentos apropriados e eficazes e criando estruturas institucionais adequadas com instituições locais fortes e acordos institucionais sólidos.

“Nenhuma das manifestações de prosperidade acima deve prevalecer sobre as outras. Todas devem ficar em equilíbrio em prol de uma jornada tranquila no caminho da prosperidade.

“Como o desenvolvimento urbano sustentável e a prosperidade de uma cidade dependem desses elementos e estão interligados, o progresso ou a estagnação em uma dimensão podem afetar o desempenho nas outras. Portanto, as cidades devem aspirar a avançar em todas elas e considerá-las igualmente importantes, pois um desequilíbrio em qualquer uma delas pode ameaçar o sistema como um todo”, aponta a organização.

O Top 10 da lista é formado por: Cingapura, Toronto, Moscou, Sydney, Londres, Paris, Madri, Xangai, Hong Kong e Nova York.

A versão completa da Iniciativa para a Prosperidade das Cidades será publicada em março.

--Esta notícia foi traduzida por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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Imelda Vera

Comunicóloga y periodista mexicana con perspectiva de género. Fue Coeditora Web y Editora de portada en El Financiero. Conductora del serial sobre género 'La Tía Violeta'. Antes, cruzó las puertas de La Jornada. Autora del artículo: Periodismo digital como paradigma del consumo noticioso en México (X Congreso Ulepicc, Quito).