Dólar cai a R$ 5,27 e bolsa sobe com perspectiva de fluxo em fevereiro

Investidores se preparam para divulgações importantes como o Copom na quarta (2) e o Payroll americano na sexta (4)

Perto das 10h45, o dólar negociado no Brasil caía 0,11%, para R$ 5,29
01 de Fevereiro, 2022 | 02:57 PM

Bloomberg Línea — O dólar voltou a cair nesta terça-feira (1), batendo na mínima de R$ 5,27, e bolsa manteve os negócios no território positivo apesar da instabilidade nos mercados internacionais. É a quarta queda seguida da moeda americana em relação ao real em meio a sinais positivos de fluxo positivo para o país.

Os investidores se preparam para eventos importantes da semana, como a decisão de política monetária do Banco Central, nesta quarta, e os dados do mercado de trabalho americano, na sexta. A temporada de balanços, com a maioria dos resultados vindos acima das expectativas, também dá um tom positivo vindo do exterior.

  • Perto das 14h50, o dólar negociado no Brasil caía 0,44%, para R$ 5,286;
  • Enquanto isso, o índice Ibovespa (IBOV) subia 0,55%, a 112.771 pontos, acompanhando a abertura morna dos mercados americanos;
  • No mercado de juros, a taxa do DI para janeiro de 2023, que reflete a política monetária neste ano, caiu de 12,255% para 12,18%. Já a taxa do DI para janeiro de 2025 passou de 11,27% para 11,15%;
  • Nos EUA, o índice Dow Jones (INDU) e S&P 500 (SPX) caíam 0,08% e 0,17%, respectivamente, enquanto os do Nasdaq 100 (NDX) recuava 0,3%;

No Brasil, a safra de balanços também está no radar. A temporada brasileira dá o start nesta semana, com o Santander Brasil (SANB11) estreando na quarta (2) antes da abertura dos mercados.

Contexto

Nos EUA, o Federal Reserve está para iniciar o período de aumento de juros mais agressivo em décadas. Mas os maiores bancos de Wall Street estão divididos sobre quão rápido e até onde o banco central subirá as taxas de juros.

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Anteriormente, os economistas concentravam suas previsões em quatro altas de 0,25 ponto percentual dos juros em 2022. Agora, a maioria concorda que o Fed aumentará a taxa em 0,25 ponto porcentual em março, embora a Nomura Holdings veja a primeira alta de 0,50 ponto desde 2000.

O rumo dos mercados hoje também será indicado por uma bateria de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de várias partes do globo. Estes números darão uma primeira indicação de como as distintas economias evoluíram desde o surgimento da variante ômicron.

Por aqui, amanhã é dia de decisão do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. A expectativa é que a autoridade mantenha a promessa de uma elevação de mais 1,5% ponto percentuais na Selic, a taxa básica de juros.

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-- Com a colaboração de Michelly Teixeira

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Ana Siedschlag

Editora na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero e especializada em finanças e investimentos. Passou pelas redações da Forbes Brasil, Bloomberg Brasil e Investing.com.

Toni Sciarretta

News director da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista com mais de 20 anos de experiência na cobertura diária de finanças, mercados e empresas abertas. Trabalhou no Valor Econômico e na Folha de S.Paulo. Foi bolsista do programa de jornalismo da Universidade de Michigan.