Warren Buffett supera Mark Zuckerberg com queda das fortunas tech

Riqueza de Buffet ultrapassa a do dono da Meta. Parte disso é resultado do declínio nas ações de tecnologia

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Bloomberg — Warren Buffett volta a ser mais rico que Mark Zuckerberg, um lembrete do poder duradouro de sua abordagem de investimento em valor.

É também o resultado do declínio vertiginoso desta semana nas ações de tecnologia, que eliminou cerca de US$ 50 bilhões em riqueza das pessoas mais ricas do Vale do Silício.

O patrimônio líquido de Elon Musk (TSLA), a pessoa mais rica do mundo, despencou US$ 25,8 bilhões na quinta-feira (27), a quarta queda em um dia mais acentuada na história do Bloomberg Billionaires Index. Ele perdeu US$ 54 bilhões este ano. Zuckerberg, cofundador da Meta Platforms (FB), viu sua fortuna cair 12%, ou US$ 15 bilhões em 2022.

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O patrimônio líquido de Buffett aumentou US$ 2,4 bilhões este ano para US$ 111,3 bilhões. Ele agora supera Zuckerberg em US$ 1 bilhão e está em sua classificação mais alta no índice Bloomberg desde março passado.

As ações de valor, a base da filosofia de investimento de Buffett e foco de sua Berkshire Hathaway (BRK), superaram as empresas de tecnologia e o índice S&P 500 (SPX) desde o início do ano, caindo 4,2% em comparação com uma queda de 9,2% para o S&P e 15% para tecnologia.

Buffett, de 91 anos, é a única pessoa classificada entre as 10 mais ricas do mundo cujo patrimônio líquido cresceu no acumulado do ano. As ações A da Berkshire Hathaway - que representam 98% de sua fortuna - subiram 2,3% desde 1º de janeiro.

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A presença persistente de Buffett entre as principais corridas do índice de bilionários é particularmente significativa dada a quantidade de dinheiro que ele doou ao longo dos anos: quase US$ 33 bilhões em ações da Berkshire para a Fundação Bill & Melinda Gates desde 2006. Somente o próprio Gates, atualmente o quarto da lista, com um patrimônio líquido de US$ 127 bilhões, fez doações dessa escala.

As 500 pessoas mais ricas do mundo perderam um total combinado de US$ 635 bilhões desde 1º de janeiro, à medida que os mercados reagem à previsão das medidas de aperto do Federal Reserve e à inflação atingindo seu nível mais alto em quatro décadas.

– Com a colaboração de Jack Witzig.

– Esta notícia foi traduzida por Marcelle Castro, Localization Specialist da Bloomberg Línea.

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