Estou com covid, quando devo tomar a terceira dose?

Conforme a Fundação Oswaldo Cruz, ligada ao Ministério da Saúde, esse é um questionamento que tem chegado com frequência

A orientação de intervalo entre diagnóstico de covid e vacina vale para qualquer uma das doses, seja a primeira, a segunda ou a terceira
21 de Janeiro, 2022 | 01:04 PM

Bloomberg Línea — A resposta mais direta é: espere um pouco.

Com a disparada de casos de covid no Brasil por conta da alta transmissibilidade da variante ômicron, existem diversas dúvidas de pessoas que estavam prestes a tomar a terceira dose da vacina contra a doença - a dose de reforço - e foram contaminadas dias antes.

Conforme a Fundação Oswaldo Cruz, esse é um questionamento que tem sido feito a eles com frequência ultimamente. O instituto, ligado ao Ministério da Saúde, diz que a melhor prática é aguardar pelo menos um mês.

“Quem testar positivo para covid-19 deve aguardar pelo menos quatro semanas para ser vacinado”, de acordo com a Fiocruz. “A contagem começa no primeiro dia de sintomas ou, em casos assintomáticos, a partir da data em que o paciente recebeu o diagnóstico positivo (teste PCR ou antígeno)”, explica.

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A orientação da espera de quatro semanas vale para qualquer uma das doses, seja a primeira, a segunda ou a terceira dose, esclarece a Fiocruz. Em tempos de início de vacinação infantil no país, isso inclui também crianças que receberam diagnóstico positivo para covid antes da primeira dose da vacina.

O Boletim do Observatório Covid-19 da própria Fundação destaca um aumento importante dos casos da doença nas semanas entre 2 e 15 de janeiro. A média é de 49 mil casos por dia, seis vezes mais do que o observado no início de dezembro de 2021. “No entanto, reforçando a efetividade da vacinação, que completou um ano, o aumento de óbitos não acompanhou a ampliação de casos pelo país”, diz a publicação.

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Os pesquisadores da Fiocruz também destacam o predomínio da variante ômicron, que segundo eles mostra uma evidente tendência de aumento da transmissão da doença. “Essa tendência de aumento acelerado do número de casos já havia sido observada na Europa e mais recentemente na América do Sul, principalmente na Argentina e no Uruguai”, diz o Boletim.

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Kariny Leal

Jornalista carioca, formada pela UFRJ, especializada em cobertura econômica e em tempo real, com passagens pela Bloomberg News e Forbes Brasil. Kariny cobre o mercado financeiro e a economia brasileira para a Bloomberg Línea.