Vacinação em Hong Kong sobe após 6 casos ômicron em restaurante

Primeira infecção local em Hong Kong em mais de sete meses está aumentando a ansiedade na cidade devido à sua vulnerabilidade a qualquer nova onda

Apenas cerca de 65% dos residentes receberam a primeira dose, uma das taxas mais baixas entre as economias desenvolvidas
Por Jinshan Hong
03 de Janeiro, 2022 | 03:38 PM

Bloomberg — Mais residentes de Hong Kong estão recebendo suas primeiras doses da vacina contra a Covid-19 à medida que a variante ômicron se espalha, com um provável sexto caso relacionado a um restaurante, e enquanto a ampliação de imunização obrigatória se avizinha.

A cidade aplicou mais de 7.000 primeiras doses no sábado (1) e no domingo (2), maior número desde o final de novembro, enquanto cidadãos temem uma nova onda de infecções ligada a um surto em um restaurante local. O governo confirmou um quinto caso, a esposa de um paciente anterior, e disse que uma sexta pessoa que também jantou no restaurante teve resultado preliminar positivo.

Ainda há duas mesas de convidados não identificados -- seis pessoas -- que estavam no Moon Palace em 27 de dezembro, quando um membro da tripulação da Cathay Pacific Airways, que depois testou positivo, esteve lá comendo com sua família, disseram funcionários do governo em entrevista coletiva nesta segunda-feira. Eles pediram às pessoas que entrassem em contato com as autoridades de saúde e disseram que usarão imagens da Televisão Central da China (CCTV) para rastreá-las.

A primeira infecção local em Hong Kong em mais de sete meses está aumentando a ansiedade na cidade devido à sua vulnerabilidade a qualquer nova onda. Embora a transmissão doméstica tenha sido extinta por meio de regras rígidas de viagens, isso deu origem à falta de urgência na vacinação entre a população. Apenas cerca de 65% dos residentes receberam a primeira dose, uma das taxas mais baixas entre as economias desenvolvidas.

PUBLICIDADE

Veja mais: Ômicron: Casos semanais de Covid ultrapassam os 10 milhões

Mesmo com a nova crise, a resistência entre os não vacinados permanece significativa: o número de pessoas que receberam doses de reforço no fim de semana ultrapassou o número de quem recebeu doses iniciais depois que a cidade expandiu o acesso a todos os adultos em 1º de janeiro. Cerca de 8.000 pessoas receberam uma terceira dose no sábado, o primeiro dia do Ano Novo, com mais 10.600 outras pessoas seguindo o movimento no domingo.

Para encorajar a aceitação, o governo está pronto para lançar um comprovante de vacinação obrigatório para restaurantes, academias e cinemas no final deste mês.

PUBLICIDADE
Hong Kong apresenta vacinação lenta apesar de recursos amplosdfd

Rastreando transmissões

O governo pediu que 340 contatos do primeiro paciente do restaurante, e seus familiares, sejam isolados no centro de quarentena da cidade, segundo comunicado do governo no domingo. O grupo inclui 22 funcionários do restaurante e cerca de 170 clientes.

Aqueles infectados recentemente não tiveram nenhum contato presencial com o membro da tripulação, disseram as autoridades. A última infecção foi detectada em uma mulher de 66 anos que estava comendo com seus parentes no restaurante quando o membro da tripulação do Cathay estava lá.

A ameaça da ômicron atrasou a reabertura da fronteira de Hong Kong com a China continental, amplamente negociada, que a mídia local havia amplamente divulgado que deveria começar em caráter experimental no mês passado.

Veja mais em bloomberg.com