Hong Kong iniciará obrigatoriedade da vacina em restaurantes, academias e cinemas

Governo tenta combater disseminação comunitária da variante ômicron antes da chegada do Ano Novo Lunar

Cidade já exige que os frequentadores de bares, boates e karaokês sejam vacinados
Por Jinshan Hong e Natalie Lung
31 de Dezembro, 2021 | 08:09 AM

Bloomberg — Hong Kong exigirá pelo menos uma dose da vacina contra Covid-19 para entrar em restaurantes e locais públicos antes do Ano Novo Lunar, em uma tentativa de combater a pandemia após a cidade registrar a primeira transmissão local da variante ômicron.

Cinemas, academias, quadras esportivas cobertas, bibliotecas públicas, museus e salas de concerto estão incluídos na lista de locais que exigirão vacina, disse a secretária de Alimentação e Saúde, Sophia Chan, em uma coletiva de imprensa na sexta-feira (31). Os funcionários desses locais também deverão ser vacinados, com isenções feitas para aqueles com condição médica certificada.

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A cidade já exige que os frequentadores de bares, boates e karaokês sejam vacinados, e o governo disse na semana passada que seus funcionários precisarão apresentar registros de vacinação para entrar em prédios e escritórios do governo a partir de meados de fevereiro.

O centro financeiro asiático está rastreando o contato das pessoas ligadas à primeira disseminação da ômicron na comunidade. Os casos correm o risco de deflagrar a chamada quinta onda após quase sete meses de propagação local zero, ou casos sem vínculo com alguém com um histórico recente de viagens ou conexão com o setor de aviação civil.

Ver mais: Deixada para trás, África mira autossuficiência em vacinas

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As novas regras entrarão em vigor antes do maior festival da cidade, o Ano Novo Chinês, começar em 1º de fevereiro - um feriado que normalmente reúne famílias em grandes grupos nos restaurantes.

Hong Kong tem um dos controles de fronteira mais rígidos do mundo, exigindo que os residentes que retornaram vacinados passem por quarentenas em hotéis de até três semanas, já que segue uma estratégia Covid Zero para a eliminação do vírus. O número crescente de casos de omicron em todo o mundo, no entanto, está ameaçando essa estratégia, à medida que os viajantes cada vez mais entram na cidade com infecções.

As autoridades também incentivaram todos os adultos a receberem doses de reforço a partir de 1º de janeiro, após estudos em todo o mundo mostrarem que duas doses de qualquer vacina são inadequadas para combater a variante mais infecciosa.

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