Bloomberg — Um sell-off de criptomoedas que durou um mês foi especialmente dolorosa para os detentores do fundo Grayscale Bitcoin Trust.
Embora o Bitcoin tenha afundado quase 32% desde a alta recorde de novembro, o fundo de US$ 30 bilhões (ticker GBTC) perdeu quase 37% nesse período. Isso ampliou a diferença entre os preços das ações do GBTC e o valor subjacente de suas participações em Bitcoin para 21% negativos a partir dos preços de fechamento da última sexta-feira, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
Os descontos se resumem à estrutura do trust. Ao contrário da maioria dos fundos negociados em bolsa tradicionais, o GBTC não permite resgates - o que significa que as ações não podem ser criadas e destruídas para calibrar a oferta de ações com a demanda. Em vez disso, os acionistas fiduciários devem encontrar compradores no mercado secundário, o que pode intensificar o desconto quando o preço do Bitcoin cair.

A controladora da Grayscale Investment LLC, a Digital Currency Group, buscou reparar o desconto comprando de volta as ações da GBTC. A Grayscale também entrou com um pedido de conversão do GBTC - o maior fundo de Bitcoin do mundo - em um fundo negociado em bolsa em outubro, embora a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos tenha permitido apenas o lançamento de produtos baseados em derivativos.
A Grayscale intensificou sua campanha nos meses em meio a poucos indícios de que a posição da SEC mudou. O gerente de ativos enviou uma carta aos reguladores instando-os a aprovar a conversão do GBTC no mês passado. A Coinbase Global Inc., que atua como custodiante do fundo, apresentou na semana passada uma carta semelhante em nome da Grayscale.
“Houve uma carta enviada em nosso nome em registros para o ETF que chamava a atenção para o fato de que a SEC deveria realmente manter um campo de jogo uniforme”, disse o CEO da Grayscale, Michael Sonnenshein, à Bloomberg Radio. “Esses dois produtos estarão vinculados ao mesmo mercado de Bitcoin subjacente, que é onde a SEC tem historicamente visto seus problemas.”
- Com a ajuda de Tim Stenovec.
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