Mais novo unicórnio brasileiro, Olist levanta US$ 186 milhões

A startup com sede no Brasil anunciou a conclusão da série E, poucos meses após a rodada de sua série D

Fundador e CEO da Olist, Tiago Dalvi
Por Marcella McCarthy (Brasil)
15 de Dezembro, 2021 | 06:31 PM

Miami — Hoje, a América Latina coroa um novo unicórnio: a Olist, empresa brasileira que é um ecossistema facilitador de e-commerce na América Latina e que atua em três áreas: comércio eletrônico, logística e capital. A empresa agora está avaliada em US$ 1,5 bilhão e seu CEO foi citado pela Bloomberg Línea como um dos 100 Empreendedores de 2021.

A empresa acaba de levantar investimentos em uma rodada da série E de US$ 186 milhões (R$ 1 bilhão), apenas oito meses após a sua série D. A Wellington Management liderou esta rodada com participações do SoftBank, Corton Capital, Valor Capital, Goldman Sachs, Globo Ventures, entre outros. Havia sido informado anteriormente que a Olist tinha planos de abrir o capital após sua série D, então esperava-se que essa notícia saísse em breve.

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Veja mais: O que faz do Brasil um celeiro de unicórnios?

A Olist conecta pequenas empresas a marketplaces de maior porte para ajudar os empresários a venderem seus produtos a uma base mais ampla de consumidores.

“Com mais de 45 mil fornecedores, a Olist sempre esteve na vanguarda do e-commerce, muito antes do boom em torno desse mercado e seu crescimento nos últimos anos, o que tornou nossas soluções ainda mais atraentes. Com o novo financiamento, pretendemos ir muito além dos serviços que oferecemos hoje e trazer ainda mais valor aos nossos clientes “, disse Tiago Dalvi, fundador e CEO da Olist.

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“A América Latina abriga cerca de 300 milhões de compradores digitais, um número previsto para crescer mais de 20% até 2025. Embora a adoção do e-commerce nesta parte do mundo ainda seja menor do que em outras regiões emergentes, a expectativa é que as vendas no varejo online na América Latina alcancem a marca de US$ 85 bilhões, em 2021, e de US$ 160 bilhões, em 2025. No nível regional, Brasil e México competem pelos holofotes, respondendo por 31% e 28% do mercado de comércio eletrônico latino-americano, respectivamente”, segundo a Statista.

Somente no ano passado, a empresa triplicou de tamanho, o que sem dúvida faz parte do boom que o comércio eletrônico experimentou nos últimos tempos estimulado pela pandemia.

Como parte de sua estratégia de crescimento, a empresa adquiriu quatro startups nos últimos 12 meses. No final de 2020, a Olist comprou a Clickspace, uma plataforma de comércio social, e a PAX, uma logitech que agora abastece seu negócio de logística. Em 2021, vimos as aquisições da VNDA e do Tiny ERP.

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“2021 foi um ano fantástico para a Olist em muitos aspectos. Hoje não há limites para inovar no e-commerce e a Olist sempre esteve na vanguarda do setor, impulsionando as mudanças no mercado. Somos fiéis à nossa essência e permaneceremos focados em acelerar as vendas de nossos clientes, onde quer que aconteçam. No futuro, a dualidade entre on e off-line não existirá e os sistemas multicanais se tornarão a regra. Nos tornamos um sistema operacional completo para marcas e varejistas operarem e expandirem seus negócios, e essa contribuição nos dará ainda mais condições para seguir desenvolvendo nossa estratégia e auxiliando milhares de empresas “, disse Dalvi.

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Marcella McCarthy

Marcella McCarthy (Brasil)

Jornalista americana/brasileira especializada em tech e startups com mestrado em jornalismo pela Medill School na Northwestern University. Cobriu America Latina, Healthtech e Miami para o TechCrunch e foi fundadora e CEO de um startup Americano na área de EdTech. Baseada em Miami.