:quality(75)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/bloomberglinea/QCUHHDDDDRAQJPXBN5GH5S4CBE.jpg "A liberação ocorrou em uma área onde operam diversas empresas, mas todas negam ter conhecimento do ocorrido")
Bloomberg — Um satélite avistou duas plumas de metano, o gás responsável pelo aquecimento o planeta, emanando de uma parte do leste do Texas, lar de várias operações de petróleo e gás.
Os órgãos reguladores estaduais afirmaram não conseguir identificar a fonte do metano, que é o principal componente do gás natural e retém 80 vezes mais calor do que o dióxido de carbono em suas primeiras duas décadas na atmosfera. Estancar vazamentos de metano e impedir liberações desnecessárias é uma das medidas mais poderosas que podem ser tomadas para desacelerar o aquecimento global.
As duas nuvens foram detectadas pela empresa de geoanálise Kayrros, que utilizou um satélite de observação da Agência Espacial Europeia em 29 de novembro. A Kayrros estimou que as nuvens se originaram de diferentes fontes a leste de Dallas, cerca de 15 milhas (aproximadamente 24 quilômetros) uma da outra, em uma área repleta de infraestruturas para combustíveis fósseis.
As plumas tinham taxas de liberação estimadas de 21 toneladas a 24 toneladas por hora. Não é possível determinar a duração dos vazamentos porque os satélites capturam apenas um único momento, como uma foto, disse a agência. Se durassem uma hora, as duas nuvens combinadas seriam iguais às emissões anuais médias de cerca de 800 carros rodando nos Estados Unidos.
Algumas plumas de metano encontradas por satélites podem ser rastreadas até fontes específicas, principalmente se uma empresa revelar que lançou gás naquele local naquele momento. Sem iniciativas, a origem dessas nuvens – no local onde várias empresas operam em uma pequena área – pode permanecer um mistério. Também se utiliza monitoramento in loco para conectar as emissões a produtores específicos.
As empresas que operam oleodutos nas proximidades incluem a Boardwalk Pipelines, Enbridge e Atmos Energy. A Boardwalk disse não ter nenhum vazamento ou emissão que poderia ter causado as plumas. Um representante da Enbridge disse que a empresa não tem conhecimento dessa emissão. A Atmos não quis comentar.
Os órgãos reguladores também não conseguiram identificar a fonte das nuvens de metano. A Comissão de Qualidade Ambiental do Texas (TCEQ, na sigla em inglês) não tinha conhecimento das nuvens, segundo um representante. Um porta-voz da Comissão de Ferrovias do Texas, o principal órgão regulador estadual da indústria de petróleo e gás natural, encaminhou as questões à TCEQ.
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