Bloomberg Línea — O principal índice da Bolsa brasileira opera no vermelho nesta quinta-feira (9), com o peso dos recuos de índices no exterior e com investidores digerindo a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) em elevar a taxa básica de juros para 9,25%, o que favorece a renda fixa.
Lá fora, as Bolsas europeias caem no pregão de hoje, avaliando o peso das últimas restrições à mobilidade sobre as economias mundiais sob o avanço da variante ômicron. Os futuros americanos também recuam, após marcarem três sessões consecutivas de ganhos.
Já no fim da manhã os Estados Unidos registraram um recuo significativo nos pedidos semanais de seguro-desemprego, que tocaram o menor nível desde 1969, o que pode dar um alento aos mercados, com efeitos sazonais.
- Perto das 10h45, o Ibovespa caía 1%, para 107.012 pontos
- As maiores contribuições para a queda eram Magazine Luiza (MGLU3), Braskem (BRKM5) e Vale (VALE3)
- O dólar avançava 0,37%, a R$ 5,57, assim como os vencimentos curtos dos juros. O DI para janeiro de 2023 subia de 11,370% para 11,580%
- O futuro do Dow Jones caía 0,36%, assim como do Nasdaq, e do S&P 500, 0,34%
Contexto
O mercado hoje digere o tom do comunicado do BC da véspera (8), que, conforme economistas, indicou que há preocupação com a inflação de longo prazo. A decisão favorece câmbio e juros, mas pesa na Bolsa, uma vez que indica que a Selic deve tocar os dois dígitos já na próxima reunião do Comitê, em fevereiro.
A estreia do Nubank na Bolsa de valores americana também está no radar dos investidores para esta quinta-feira. Ontem (8), o banco anunciou que precificou sua ação no topo da faixa, levantando US$ 2,6 bilhões. Amanhã (9), o banco realiza cerimônia na B3 com o lançamento de BDRs na Bolsa brasileira.
O IPO do Nubank o torna a instituição financeira mais valiosa da América Latina, superando o Itaú, que tem valor de mercado de US$ 38 bilhões.