Fintech brasileira de pagamentos Dock compra mexicana Cacao

Empresa, que tem uma base de mais de 40,9 milhões de contas, ganha 50 clientes da Cacao por meio da aquisição

Antonio SoaresFotógrafo: Marcelo Navarro/Dock
Por Cristiane Lucchesi
07 de Dezembro, 2021 | 09:37 AM

Bloomberg — A Dock, uma fintech brasileira na qual a Visa tem participação, acaba de fechar a aquisição da Cacao, uma empresa de soluções de processamento de cartões do México.

A Dock, que fornece infraestrutura para empresas de tecnologia financeira da América Latina, não divulgou o preço da transação.

A empresa, que tem uma base de mais de 40,9 milhões de contas ativas na sua plataforma na nuvem, ganha 50 clientes da Cacao por meio da aquisição, incluindo a mexicana fintech Albo e a empresa de pagamentos Clip.

As possibilidades de expansão da Dock no México são enormes: menos da metade dos 130 milhões de habitantes do país têm conta bancária. O mercado potencial para infraestrutura de banco digital no país é de US$ 2,9 bilhões e deve crescer 34% nos próximos 5 anos, de acordo com a Americas Market Intelligence. No entanto, existem poucos provedores de serviços que oferecem pagamentos e infraestrutura de banco digital, disse o presidente da Dock, Antonio Soares.

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A Dock, que planeja usar sua própria marca no México, processa cerca de US$ 50 bilhões em volume de pagamentos na América Latina anualmente.

“As duas empresas compartilham valores significativos e uma missão central de permitir que seus clientes democratizem, por meio da tecnologia, o acesso ao sistema financeiro para milhões de pessoas não-bancarizadas ou semi-bancarizadas na América Latina”, disse Soares.

A Riverwood Capital e a Visa foram os primeiros investidores na Dock, que recebeu US$ 170 milhões no ano passado da Temasek, com sede em Cingapura, da Viking Global Investors e da afiliada do Advent International, Sunley House Capital.

A Cacao é a terceira aquisição da Dock e a primeira fora do Brasil. No ano passado, a empresa adquiriu a Muxi, provedora de soluções tecnológicas para captura de transações na América Latina. Em outubro, comprou a BPP Instituição de Pagamento SA, especializada em entidades não-bancárias que procuram oferecer serviços bancários aos seus clientes.

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