São Paulo — O Ibovespa reverteu a queda e passou a subir na tarde desta quarta-feira (3), enquanto o dólar e as taxas dos juros futuros caem, com os investidores de olho em Brasília na votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios. No início da tarde, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que irá incluir a PEC na pauta da sessão de hoje, às 18h00. O mercado também aguarda a decisão de juros do banco central americano, às 15h00 - na expectativa de informações sobre a redução de compras de ativos pelo Federal Reserve - enquanto digere a ata do Copom, divulgada pela manhã.
- A bolsa oscila entre leves altas e baixas, operando na casa dos 105.000 pontos. O tombo nas ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4) impede ganhos maiores do índice. Já o dólar é negociado abaixo dos R$ 5,65.
A possível aprovação PEC dos precatórios abriria espaço para que o governo avance com o novo programa social, o Auxílio Brasil.
Sobre a ata do Copom, um relatório do Goldman Sachs afirma que “a ata foi significativamente mais hawkish do que o comunicado da reunião do Copom, com o BC sinalizando uma postura monetária significativamente restritiva com uma taxa terminal visivelmente acima do cenário básico (onde a Selic atinge um pico de 9,75% no início de 2022).”
Para a decisão de juros do Federal Reserve, a expectativa dos investidores é de um anúncio sobre o início do tapering, a redução das compras de títulos iniciadas com a pandemia para amortecer a economia americana.
Mercado agora
- Câmbio: Perto das 14h00, o dólar operava em queda de 1,29% a R$ 5,60
- Bolsa: O Ibovespa subia 0,57%, a 106.156 pontos
- Entre as maiores altas percentuais estavam Lojas Americanas (LAME4), Grupo Soma (SOMA3) e Yduqs (YDUQ3). Nas maiores perdas estavam Vale (VALE3), Bradespar (BRAD4) e CSN (CSNA3)
- Destaques da bolsa: Controlado pelo BTG Pactual, o Banco PAN viu seu lucro encolher 5% no terceiro trimestre em relação ao segundo, registrando redução nas novas operações de crédito consignado, de financiamentos de veículos, além de aumento de indicador de inadimplência e nas despesas com provisões de créditos, no ambiente de aperto monetário patrocinado pelo Banco Central para conter a inflação, o que tende a desencorajar a tomada de empréstimos.
- Juros: O DI com vencimento para janeiro de 2023 recuava de 12,35% para 12,21% e o de 2025 ia de 12,59% para 12,24%
- Exterior: Em Nova York, o Dow Jones recuava 0,31% e o S&P 500 0,12%, enquanto o Nasdaq subia 0,10%
-- Com informações de Bloomberg News
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