Tudo que você precisa saber para viajar para os EUA no final do ano

A partir do dia 8 de novembro, o viajante brasileiro vacinado poderá voar para os EUA se cumprir determinadas exigências

Passageiros e funcionários circulam vestindo máscaras contra o novo coronavírus (Covid-19) no Aeroporto Internacional Tom Jobim- Rio Galeão
02 de Novembro, 2021 | 10:15 AM

São Paulo — Quem comprou uma passagem aérea para os EUA para viajar a partir do dia 8 de novembro, data de reabertura da fronteira aérea entre os dois países, terá de cumprir determinadas exigências para conseguir embarcar. A principal é estar com a vacinação completa contra a Covid-19, além de estar com o visto em dia. Bloomberg Línea consultou as companhias aéreas que vendem bilhetes para os EUA e, a seguir, tira as dúvidas sobre cada ponto.

Quem terá a entrada nos EUA permitida?

Para voos decolando do Brasil a partir das 00h01 de 8 de novembro, está autorizada a entrada de turistas e não cidadãos americanos que cumpram as seguintes exigências:

  • Comprovar estar completamente imunizado contra a Covid-19. O viajante só é considerado protegido após 14 dias da segunda dose ou da dose única da vacina
  • Viajantes deverão obrigatoriamente apresentar comprovante de Vacinação com detalhe das seguintes informações:- nome completo e data de nascimento, - centro de aplicação da vacina, - nome da vacina, - doses administradas e datas de aplicação. No Brasil, o certificado está disponível no app Conecte SUS. Escolha a versão em inglês
  • Apresentar comprovante de teste de Covid-19 negativo realizado em até 3 dias (72 horas) antes do embarque

Crianças e adolescentes (2 a 17 anos)

  • Se acompanhados de adultos totalmente vacinados, a entrada desses viajantes está autorizada somente com comprovante de teste de Covid-19 negativo realizado em até 3 dias antes do embarque, não sendo necessária a comprovação de vacinação completa
  • Se não acompanhados de adultos totalmente vacinados, a entrada desses viajantes está autorizada somente com comprovante de teste de Covid-19 negativo realizado em até 1 dia (24h) antes do embarque, não sendo necessária a comprovação de vacinação completa

Crianças menores de 2 anos

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Cidadãos americanos ou residentes permanentes legais (LPRs)

  • Se totalmente vacinados, necessária a apresentação do comprovante de vacinação e teste de Covid-19 realizado em até 3 dias antes do embarque.
  • Caso não estejam vacinados, a entrada desses viajantes está autorizada somente com comprovante de teste de Covid negativo realizado em até 1 dia antes do embarque

Que tipos de testes de Covid-19 são aceitos?

A companhia aérea pode aceitar apenas o teste de farmácia (antígeno) de 3 dias (72 horas) para embarque para os EUA. Para embarque dos EUA para o Brasil, o teste de antígeno deve ser feito, no máximo, 24 horas antes do embarque. Não são aceitos testes/exames sorológicos que identificam imunoglobulinas como IgM e IgG.

  • Teste de antígeno (teste rápido de farmácia) - 3 dias antes da partida ou
  • Teste de ácido nucléico - 3 dias antes da partida ou
  • Teste RT-PCR - 3 dias antes da partida ou
  • Teste RT-LAMP - 3 dias antes da partida ou
  • Teste TMA - 3 dias antes da partida

Para retorno ao Brasil, quais são os tempos de realização dos testes?

Todos os clientes a partir de 12 anos (incluindo os brasileiros) devem apresentar o laudo de apenas um dos seguintes exames:

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  • Teste RT-PCR - 72 horas antes da partida ou
  • Teste de antígeno - 24 horas antes da partida

Qual a regra para quem teve Covid nos últimos 90 dias?

Pessoas que tiveram Covid-19 nos últimos 90 dias, contados a partir da data de início dos sintomas e que estejam assintomáticos e persistam com teste RT-PCR detectável para SARS-CoV-2 (Covid-19), será permitido o embarque com a apresentação dos documentos abaixo:

  • Dois resultados de RT-PCR detectável (positivo), com intervalo de no mínimo 14 dias, sendo o último realizado em até 72 horas anteriores ao momento do embarque
  • Teste de antígeno com resultado negativo ou não detectável, posterior ao último resultado RT-PCR detectável, realizado em até 24 horas anteriores ao momento do embarque; e
  • Atestado médico declarando que o passageiro está assintomático e apto a viajar, mencionando a data por extenso da realização do voo. O atestado deve ser emitido no idioma português ou espanhol ou inglês e conter a identificação e assinatura do médico responsável

Além do teste e do comprovante de vacinação, o que mais é exigido?

Além da apresentação do exame negativo, seja do tipo RT-PCR ou antígeno (rápido, de farmácia), todos os clientes deverão preencher a Declaração de Saúde do Viajante (DSV) conforme orientações do link que estará disponível no portal da Anvisa: https://formulario.anvisa.gov.br

  • Os clientes devem apresentar comprovante impresso ou eletrônico do preenchimento da DSV no momento do check in no máximo 24 horas de antecedência ao embarque
  • Todos os viajantes independentemente da idade e da nacionalidade devem ter o formulário preenchido
  • Para menores de 18 anos, seu responsável é quem deve preencher e enviar o formulário

Quais são as vacinas aceitas para entrar nos EUA?

Segundo o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), os imunizantes aprovados ou autorizados para uso emergencial pela OMS estão permitidos, tais como: Pfizer/BioNTech, Moderna, Oxford/AstraZeneca, Janssen (Johnson & Johnson), SinoPharm, CoronaVac. Pessoas que tomaram imunizantes diferentes entre a 1ª e 2ª dose também serão admitidas

Onde devo fazer os testes no Brasil e nos EUA?

Consulte sua companhia aérea para checar as parcerias com os laboratórios. No aeroporto internacional de Guarulhos, os exames (tanto antígeno como PCR) são realizados pela CR Diagnósticos, que atua no terminal, mas os valores cobrados (R$ 200 pelo teste de antígeno com entrega do laudo em até 1 hora, enquanto o RT-PCR custa R$ 350, com promessa de entrega em até 4 horas, segundo seu site) são maiores do que os encontrados em regiões centrais das cidades, pois o foco desse laboratório é o passageiro que vem de outras regiões do país para escalas ou conexões em Guarulhos, rumo aos EUA, sem tempo para deixar a área do aeroporto e encontrar testes mais baratos

Tenho de usar máscaras no avião?

Sim. O uso de máscara é obrigatório dentro da aeronave, durante todo o trajeto do voo. Há exceções como crianças menores de 2 anos, autistas ou quem tenha alguma restrição médica para evitar o acessório

Posso embarcar só com uma dose da vacina?

Só se o passageiro tiver tomado a vacina da Jansenn, que garante a imunização completa em uma única dose

Dá para tirar o visto e embarcar no fim do ano?

Não, provavelmente. A embaixada e os consulados americanos vão retomar as entrevistas para obtenção de visto no próximo dia 8 de novembro. A prioridade será atender quem agendou o procedimento antes da pandemia. Há uma longa fila para conseguir agendamento, com datas livres só em 2022. As entrevistas estavam suspensas desde março do ano passado.

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Se o teste dê positivo, posso embarcar mesmo vacinado?

Não. As companhias aéreas só permitem o embarque de quem apresentar teste negativo para a Covid-19. Em caso de teste positivo, o passageiro terá de cumprir quarentena.

Fazer seguro de saúde é obrigatório?

Para entrar nos EUA, não é exigido seguro de viagem.

Quanto custa o teste nos EUA?

O antígeno é mais barato que o PCR. Em Miami, cidade mais próxima do Brasil, acha-se o antígeno por US$ 65, com coleta nasal e resultado em 15 minutos. Já o PCR sai por US$ 130 (resultado em oito horas) ou US$ 155 (entrega em 30 minutos). Recomenda-se consultar sua companhia aérea para descobrir com quais laboratórios elas têm parceria, o que pode render descontos. A BodyWell, por exemplo, que atua em Miami, tem parceria com a Latam e cobra menos de quem tem seguro de saúde. É importante o passageiro marcar a coleta e ficar atento aos horários.

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Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.