Futuros: ações asiáticas com viés de alta e dólar misto no exterior

Resultado da eleição no Japão bem-recebido no mercado; no radar, decisões de BCs ao redor do mundo, petróleo em alta e incorporadoras chinesas em foco

Trabalhadores no distrito financeiro de Hong Kong
Por Sunil Jagtiani
31 de Outubro, 2021 | 08:33 PM

Bloomberg — Os futuros das ações asiáticas com viés positivo para a abertura desta semana, com os traders ainda digerindo o resultado da eleição no Japão e a tendência das ações dos EUA para novo recorde. O dólar foi misto em relação às principais moedas globais.

Os futuros de ações avançaram cerca de 1% para o Japão, onde o Partido Liberal Democrata (centro-direita) do primeiro-ministro Fumio Kishida preservou sua maioria absoluta, evitando os cenários de derrota, sugeridos pelas pesquisas de opinião. Os futuros da Austrália estavam no azul, enquanto os de Hong Kong caíram.

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Os índices S&P 500 e Nasdaq 100 atingiram recordes na sexta-feira, resistindo aos resultados decepcionantes de algumas grandes empresas de tecnologia com o otimismo mais amplo sobre os lucros corporativos na reabertura da pandemia.

Os traders estão esperando as principais reuniões do banco central esta semana, especialmente a do Federal Reserve. Os rendimentos dos títulos de curto prazo do Canadá à Austrália aumentaram devido às preocupações de que a inflação elevada levará a uma política monetária mais rígida. Espera-se que o Fed decida reduzir seu maciço programa de compra de títulos.

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As recentes turbulências no mercado de renda fixa sugerem que os investidores antecipam uma desaceleração na recuperação após o baque da pandemia porque as fortes pressões inflacionárias estão forçando os bancos centrais a reduzir estímulos e subir juros. As ações globais até agora minimizaram esses riscos e permanecem perto de seus picos históricos.

“Embora a economia tenha desacelerado na segunda metade do ano, o FOMC deve anunciar o início da redução gradual na reunião de novembro”, escreveu Philip Marey, estrategista-sênior do Rabobank nos Estados Unidos, em nota. Ele acrescentou que Jerome Powell provavelmente “enfatizará novamente que o fim da redução gradual não significa automaticamente o início da caminhada”.

Na China, os índices dos gerentes de compras sinalizaram mais fraqueza econômica devido à escassez de energia, aumento dos preços das commodities e controles mais estritos por conta da Covid-19.

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O estresse no setor imobiliário do país também permanece em foco. Pelo menos quatro grandes incorporadores deixaram de pagar os títulos no mês passado. A Evergrande evitou duas vezes esse destino, pagando cupons vencidos na última hora.

Enquanto isso, os EUA estão conversando com outras nações consumidoras de energia sobre como pressionar OPEP+ para aumentar a produção em meio a um aperto global de energia, com petróleo perto de US$ 84 o barril.

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Bolsas:

  • O S&P 500 subiu 0,2% na sexta
  • Nasdaq 100 avançou 0,5% na sexta
  • Futuros do Nikkei 225 futures saltando 1,1%
  • Futuros do S&P/ASX 200 em alta de 0,9%
  • Futuros do Hang Seng caindo 0,6%

Câmbio

  • O índice Bloomberg Dollar Spot Index subiu 0,7% na sexta
  • O euro estava cotado a US$ 1,1563
  • Iene cotado a 114.08 por dólar (-0,1%)
  • Yuan cotado a 6,4075 por dólar

Títulos:

  • O título do Tesouro americano com vencimento de 10 anos recuou três pontos para 1.55% na sexta

Commodities:

  • O barril de petróleo WTI (West Texas Intermediate) subiu a US$ 83.57 (0,9%) na sexta
  • A onça do ouro cotada em US$ 1783,38

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