Sibanye dos metais negocia compra de minas de níquel e cobre no Brasil

Gigante sul-africana da platina busca reforçar posição em metais para baterias de carros elétricos

Sibanye poderia pagar cerca de US$ 1 bilhão para comprar os dois ativos, informou a Dow Jones anteriormente
Por Felix Njini
25 de Outubro, 2021 | 12:24 PM

Bloomberg — A Sibanye Stillwater disse que está em negociações para adquirir as minas de níquel Santa Rita e cobre Serrote, no Brasil, enquanto a gigante sul-africana da platina busca reforçar sua posição em metais para baterias.

Um acordo favoreceria o objetivo do CEO Neal Froneman de construir uma presença da companhia nos metais que são essenciais para alimentar veículos elétricos e para a revolução verde mais ampla. A Sibanye já adquiriu ativos de lítio na Europa e nos Estados Unidos neste ano e uma unidade de processamento de níquel na França.

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A empresa entrou em negociações com afiliadas de fundos assessorados por Appian Capital Advisory LLP sobre as aquisições, disse a Sibanye, sediada em Joanesburgo, em um comunicado na segunda-feira.

Sibanye poderia pagar cerca de US$ 1 bilhão para comprar os dois ativos, informou a Dow Jones anteriormente.

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Santa Rita é uma operação de níquel-cobalto a céu aberto com potencial para se tornar uma das maiores minas de sulfeto de níquel do mundo, disse a Appian Capital em seu site. A operação, onde US$ 1 bilhão já foi investido, retomou atividades no 4º trimestre de 2019 depois de ser colocada em manutenção em 2015 devido aos baixos preços do metal, disse a Appian, que tem ex-CEO da BHP Chip Goodyear em seu conselho consultivo sênior.

“Temos fontes de financiamento suficientes e estamos gerando caixa para podermos financiar o negócio”, disse James Wellsted, porta-voz da Sibanye.

Desde a sua formação em 2013, após Gold Fields Ltd. desmembrar suas mais antigas minas de ouro sul-africanas, Froneman transformou a Sibanye com a aquisição de ativos de metais do Zimbabwe a Montana. Agora, o CEO quer que os metais usados em baterias contribuam com cerca de um terço dos lucros da Sibanye em quatro anos, à medida que a transição para uma economia mais verde estimula a demanda.

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