Citi é primeiro banco de Wall Street a realizar auditoria racial

Auditorias são realizadas por grupos terceirizados que analisam os modelos de negócio das empresas para determinar se eles causam, reforçam ou perpetuam a discriminação

Citi faz auditoria para saber como trata diversidade racial
Por Jenny Surane e Saijel Kishan
25 de Outubro, 2021 | 05:16 PM

Bloomberg — O Citigroup é o primeiro banco de Wall Street a concordar em analisar profundamente suas operações para identificar se e como contribuem para a discriminação racial.

A auditoria será conduzida por advogados da Covington & Burling, disse o Citigroup na sexta-feira em comunicado no site do banco. Segundo o Citi, a auditoria vai se concentrar em seu compromisso anunciado em 2020 de dedicar US$ 1 bilhão a iniciativas que espera ajudem a eliminar a persistente desigualdade de riqueza racial nos Estados Unidos, onde o patrimônio líquido médio de uma família branca é quase dez vezes maior do que o de uma família negra.

Embora o plano do Citigroup siga os passos de uma medida semelhante da BlackRock no início do ano, vai na contramão de rivais do setor bancário segundo os quais auditorias raciais são desnecessárias depois que as instituições lançaram várias iniciativas no último ano, como investir em empresas de proprietários negros e expandir o crédito. Pedidos de auditorias raciais surgiram após os protestos por injustiça racial que dominaram os Estados Unidos no ano passado e a assinatura de uma ordem executiva pelo presidente Joe Biden para promover a igualdade.

“Medição e transparência são componentes importantes do trabalho que estamos fazendo para promover a diversidade, a equidade e a inclusão”, disse no comunicado Edward Skyler, vice-presidente executivo do Citigroup. “Estamos demonstrando nosso apoio contínuo à medição e transparência ao nos comprometermos a realizar uma auditoria de equidade racial.”

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Auditorias são realizadas por grupos terceirizados que analisam os modelos de negócio das empresas - de políticas a produtos e serviços - para determinar se eles causam, reforçam ou perpetuam a discriminação.

A BlackRock disse que planeja realizar uma auditoria no ano que vem. Airbnb e Facebook conduziram esse tipo de análise nos últimos anos. A rede Starbucks também contratou o escritório Covington & Burling para realizar uma auditoria.

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