Produzir combustível com palha está prestes a se tornar tendência na Europa

Fabricante suíça de produtos químicos acaba de abrir fábrica para produzir biocombustíveis avançados, que usam resíduos agrícolas ou culturas não comestíveis para fazer combustíveis

Vantagens ambientais se comparada ao  etanol de primeira geração atualmente no mercado, produzido a partir de alimentos como cana-de-açúcar ou milho
Por Rachel Graham
15 de Outubro, 2021 | 02:36 PM

Bloomberg — A transformação de fardos de palha em etanol está prestes a se tornar um empreendimento altamente lucrativo na Europa, segundo uma empresa que acaba de inaugurar uma unidade de produção no continente.

A Clariant, fabricante suíça de produtos químicos, acaba de abrir uma fábrica na Romênia para produzir os chamados biocombustíveis avançados, que usam resíduos agrícolas ou culturas não comestíveis para fazer combustíveis que podem ser misturados à gasolina e ao diesel. Ambientalmente, isso é melhor do que o chamado etanol de primeira geração atualmente no mercado, que é feito de alimentos como cana-de-açúcar ou milho.

A economia de carbono com a nova abordagem tornará o etanol mais lucrativo em comparação com os processos atuais, declarou o CEO da Clariant, Conrad Keijzer, em uma teleconferência.

“Esperamos o dobro do preço da primeira geração”, disse ele. “Simplesmente porque está na lei”.

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A Clariant construiu a fábrica com o principal intuito de promover sua tecnologia, já que agora deseja licenciá-la para outras empresas.

A União Europeia estabeleceu uma meta de que pelo menos 0,2% de todos os combustíveis para transporte sejam feitos de biocombustíveis avançados a partir do próximo ano, aumentando para 2,2% em 2030.

A tecnologia da Clariant também pode ser usada em produtos químicos e na aviação. “Este é um excelente exemplo de solução de economia circular”, disse Keijzer.

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