Nasdaq derrete 2,2% com perdas de Facebook e gigantes de tecnologia

Índice de ações de tecnologia recua pela quinta semana consecutiva e perdas começam a se espalhar por algumas das empresas mais valiosas do mundo

Nasdaq entra na quinta semana de perdas
Por Jeran Wittenstein
04 de Outubro, 2021 | 06:28 PM

Bloomberg — As ações de tecnologia foram atingidas novamente nesta segunda-feira, estendendo as quedas recentes para algumas das empresas mais valiosas do mundo, que estão sob pressão em meio ao aumento nos rendimentos dos títulos do governo dos EUA.

O sell-off foi particularmente doloroso para o Facebook Inc., com relatos de interrupções globais para usuários de seus aplicativos de mídia social, ajudando a alimentar a maior queda em quase um ano. A empresa também enfrenta questionamentos de um whisteblower que testemunhará no Congresso. Suas ações caíram 4,9%, a maior queda desde 9 de novembro.

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Ações de três das maiores empresas de tecnologia dos EUA caíram mais do que o índice de ações Nasdaq 100, que recuou 2,2% em sua terceira queda de pelo menos 2% nos últimos 11 pregões. Além das ações do Facebook, as da Amazon.com Inc. tiveram baixa de 3%, seguida pelo recuo de 2,5% dos papéis de Apple Inc. Além disso, as ações da Microsoft Corp. perderam 2,1% e as da Alphabet Inc., 2%.

As ações agora caíram 15% em relação ao recorde de fechamento em 7 de setembro

As ações de tecnologia estão arcando com o fardo pesado de vendas em meio a uma alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro, que são usados para calcular o valor presente dos lucros que devem ser entregues em um futuro distante. Um aumento repentino nesses rendimentos na semana passada ajudou a enviar o Nasdaq 100 à sua pior desvalorização semanal desde fevereiro.

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Com o Nasdaq 100 agora em baixa pela quinta semana consecutiva, as perdas estão começando a se espalhar por algumas das empresas mais valiosas. A Apple, a empresa mais valiosa do mundo, na segunda-feira se juntou ao Facebook e Amazon.com entrando em território de correção, o que ocorre após uma baixa de pelo menos 10% em relação ao pico. A fabricante do iPhone agora recua 11% em relação ao recorde de 7 de setembro, encolhendo cerca de US$ 300 bilhões em valor de mercado.

A Amazon.com já perdeu 15% desde a alta de julho e está sendo negociada em patamar mais baixo do que no início do ano. O Facebook caiu 15% em relação à alta de 7 de setembro. A Alphabet recuou 8% em relação ao seu recorde, embora ainda tenha valorizado 53% em 2021.