EUA retiram restrições para viagem de brasileiro vacinado

Conforme a Casa Branca, novo regime também envolverá requisitos mais rígidos para testes de coronavírus e rastreamento de contato

Novas regras devem entrar em vigor em novembro
Por Josh Wingrove
20 de Setembro, 2021 | 11:52 AM

Bloomberg — Os Estados Unidos reabrirão suas fronteiras em breve para a maioria dos viajantes estrangeiros, desde que estejam totalmente vacinados contra a Covid-19, anunciou um alto funcionário da Casa Branca nesta segunda-feira (20).

As novas regras para viagens internacionais entrarão em vigor no “início de novembro”, disse o coordenador da Covid-19 da Casa Branca, Jeff Zients. As ações de companhias aéreas europeias aceleraram ganhos após a notícia.

Os viajantes terão que mostrar prova de vacinação para embarcar em aviões para os EUA, e o novo regime também envolverá requisitos mais rígidos para testes de coronavírus e rastreamento de contato, disse Zients. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças irão determinar a definição de totalmente vacinado, para viajantes internacionais, disse ele. As medidas também incluem requisitos de testes mais rígidos, inclusive para americanos não vacinados.

“Protegeremos os americanos aqui e aumentaremos a segurança das viagens internacionais”, disse ele.

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Os EUA também irão flexibilizar as regras de entrada para viajantes vacinados do Reino Unido e da União Europeia, uma medida que estimulará uma recuperação nas viagens transatlânticas.

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Esse movimento é um alívio significativo das restrições de viagens pandêmicas que Joe Biden manteve em vigor conforme as infecções se espalharam por todo o país neste verão, impulsionadas pela variante delta do vírus, mesmo com os níveis de vacinação nos EUA continuando a subir lentamente.

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A IAG, controladora da especialista transatlântica British Airways, ganhou quase 12% após a notícia, o máximo em 10 meses, enquanto a Air France-KLM subiu até 7% e a Deutsche Lufthansa AG avançou 7,5%.

As operadoras de rede europeias, em particular, contam com voos dos Estados Unidos para gerar lucros após perder participação no mercado para operadoras de descontos e trens de alta velocidade em rotas de curta distância.

Os EUA atualmente proíbem a entrada direta de pessoas que não sejam cidadãos ou residentes permanentes, caso tenham estado no espaço Schengen da Europa ou no Reino Unido nos últimos 14 dias, independentemente do status de vacinação.

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