Dirigentes do BoE veem critérios para política monetária mais rígida, diz HSBC

Membros do Banco da Inglaterra estão divididos sobre a recuperação da economia, mas balança pode pender para o otimismo, diz banco

HSBC espera que a primeira sinalização de alta deva acontecer em fevereiro
Por Andrew Atkinson
13 de Setembro, 2021 | 08:46 AM

Bloomberg — A maioria dos legisladores do Banco da Inglaterra (BoE) podem julgar que os critérios mínimos para uma política monetária mais rígida foram atendidos, disse o HSBC em relatório.

Na semana passada, o governador Andrew Bailey revelou que o Comitê de Política Monetária ficuo dividido em 4 a 4 na reunião de agosto sobre se havia evidências claras de que a economia está revertendo a capacidade ociosa e atingindo a meta de inflação de 2% “de forma sustentável”. O BoE havia dito anteriormente que manteria a política em espera pelo menos até que essas condições fossem atendidas.

A autarquia voltou a ter nove membros este mês, com a recente nomeação de Huw Pill como economista-chefe.

Em nota publicada na segunda-feira, Elizabeth Martins, economista sênior do HSBC, especulou que Pill poderia se juntar a Bailey e outros dirigentes do lado otimista com a economia, inclinando a balança para 5-4 a seu favor. Já Catherine Mann, que também fará sua estreia no BoE, deve manter a postura dovish de seu antecessor, Gertjan Vlieghe, disse Martins. No entanto, a mudança não significa que um aumento da taxa ocorrerá em breve.

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“Mesmo que todos os membros acreditem que as condições foram cumpridas, isso não implicaria que um aumento das taxas seja iminente”, escreveu Martins. “A orientação é que as condições eram um requisito necessário para o aperto, mas não um gatilho automático.”

O HSBC espera que a primeira sinalização de alta deva acontecer em fevereiro, uma vez que a situação sobre a Covid-19, a inflação e o desemprego estará mais clara até lá. O banco prevê o primeiro aumento de 15 pontos-base na taxa de maio de 2022, seguido por um aumento de 25 pontos-base em novembro de 2022.

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