Mobius vê desvalorização das moedas e recomenda compra de ouro

O veterano Mark Mobius recomenda até 10% da carteira em ouro, argumentando que as moedas vão se depreciar após o estímulo sem precedentes para combater a pandemia do coronavírus

Ouro: veterano vê no metal uma proteção contra desvalorização das moedas após estímulos
Por Abhishek Vishnoi e Ranjeetha Pakiam
30 de Agosto, 2021 | 10:12 AM

(Bloomberg) -- O veterano Mark Mobius recomenda que os investidores apliquem 10% da carteira em ouro, argumentando que as moedas vão se depreciar após o estímulo sem precedentes implementado para combater a pandemia do coronavírus.

Na fase atual, “10% devem ser colocados em ouro físico”, disse Mobius, que criou a Mobius Capital Partners após mais de três décadas trabalhando na Franklin Templeton Investments. “A desvalorização das moedas globalmente será bastante significativa no próximo ano, considerando a incrível quantidade de oferta de moeda impressa.”

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O ouro bateu recorde no ano passado, quando a pandemia desencadeou uma corrida por ativos seguros, mas recuou com a distribuição de vacinas. Para enfrentar a crise, bancos centrais e governos em todo o mundo liberaram estímulos monetários e fiscais em magnitude nunca vista, sobrecarregando os balanços patrimoniais de bancos centrais e as finanças públicas.

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“Vai ser muito, muito bom ter ouro físico que pode ser acessado imediatamente, sem o perigo de o governo confiscar todo o ouro”, disse Mobius — fã de longa data do metal — durante entrevista.

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A onça de ouro à vista é negociada em torno de US$ 1.815, mas bateu recorde há cerca de um ano, quando passou de US$ 2.075. Desde o início de 2021, o metal acumula queda de 4%, enquanto os mercados acionários globais se mantêm perto do recorde e o banco central americano (Federal Reserve) delineia a estratégia para reduzir o estímulo.

Os investidores têm preferido distância de fundos negociados em bolsa (ETFs) lastreados em ouro por causa da força contínua das ações. O total global de ativos em ouro nas carteiras diminuiu 8,5% ao longo dos últimos 12 meses, de acordo com dados da Bloomberg.

  

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