Bolsas aceleram alta e dólar recua após fala de Powell em Jackson Hole

No Brasil, a bolsa tinha alta de 1,04% no Ibovespa, que voltou a ficar acima de 120 mil pontos

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São Paulo — As bolsas americanas aceleraram o movimento de valorização nesta sexta (28) após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, falar que considera adequada a retirada de estímulos monetários neste ano, mas que isso não significa necessariamente um aumento de juros próximo. Nos últimos dias, os mercados oscilavam em meio a cautela com o futuro da política monetária nos EUA.

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  • Wall Street: Nos EUA, a bolsa de Nova York tinha alta de 0,64% no índice Dow Jones e de 0,68% no S&P 500 pouco antes das 12h (horário de Brasília). Já o índice Nasdaq Composite subia 0,77%. No mercado de títulos, as taxas dos Treasuries de dez anos recuavam 0,025 ponto para 1,331%;
  • No Brasil, a bolsa tinha alta de 1,04% no Ibovespa, que voltou a ficar acima de 120 mil pontos marcando 120.041 pontos. Entre os destaques, estão as ações da Petrobras (PETR4) com alta de 1,67% e da Vale (VALE) com ganhos de 2%;
  • Câmbio: O dólar recuava 0,90% para R$ 5,21, também com as atenções dos investidores voltadas para as negociações em Brasília em torno dos precatórios e da reforma tributária.
  • Juros: No mercado de juros, as taxas longas e curtas recuam. O taxa do DI para 2022 caia de 6,765% para 6,76%, enquanto as do DI de 2025 passavam de 9,42% para 9,38% e as do DI para 2025 recuavam de 9,8% para 9,74%.

Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, a fala de Powell foi mais “dovish” do que a esperada, com destaque para a “necessidade de se estimular o emprego até seu máximo, o que ainda permanece longe a despeito da inflação elevadíssima”.

“Avaliamos que a barra colocada pela autoridade, ainda que dentro do arcabouço de política monetária, ficou acima do esperado por nós, caracterizando a fala de Powell como dovish”, disse Sanchez, ressaltando que os relatórios do Payroll deverão colocar a autoridade em um corner muito em breve, forçando-a a tomar medidas relativamente mais enérgicas de política monetária, com uma eventual desaceleração mais intensa ainda este ano.

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