Ibovespa cai mais de 2% e dólar sobe, com exterior negativo e tributação de dividendo no radar

São Paulo — O Ibovespa despenca mais de 2% na tarde desta terça-feira (17), ficando abaixo dos 117.000 pontos, e o dólar avança, em um dia de forte mau humor externo. As negociações refletem mais um dia de fechamento negativo nas principais bolsas da Ásia e, principalmente, os dados de vendas no varejo dos Estados Unidos, que vieram abaixo das estimativas e derrubaram os principais índices de Nova York. Isso aumentou as preocupações dos investidores em relação ao ritmo da retomada econômica, tendo em vista o avanço da disseminação da variante Delta da Covid-19.

Os desdobramentos políticos para a administração Joe Biden após a retirada dos militares do Afeganistão e a consequente tomada de poder do Taliban também seguem no radar.

Na cena doméstica, o foco permanece em Brasília, com as atenções na possível votação de ao menos uma parte da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, que pode impor a taxação de dividendos de empresas em 20% - hoje isentos de tributação.

• Câmbio: Perto das 15h00, o dólar operava em alta de 0,58%, a R$ 5,2872
• Bolsa: O Ibovespa caía 2,27%, a 116.476 pontos. Lideravam as perdas percentuais as ações da Embraer (EMBR3), Banco Inter (BIDI11) e JHSF (JHSF3). As ações da Yduqs (YDUQ3), Cemig (CMIG4) e Vivo (VIVT3) eram destaques positivos
• Destaques da bolsa: A ação do IRB Brasil RE (IRBR3) cravou, no começo do pregão, uma nova cotação mínima em 12 meses, após a divulgação de um prejuízo no segundo trimestre. O papel atingiu a mínima de R$ 5,05, tombo de 7,50% na primeira meia hora de negócios na B3, acumulando desvalorização superior a 9% no mês e de 33% em 12 meses
• Exterior: Em Nova York, o Dow Jones caía 1,31%, o S&P500 1,22% e o Nasdaq 1,44%
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