Ação do IRB Brasil crava nova mínima de 12 meses com tombo acima de 7% após divulgar prejuízo

Ressegurador admite que segundo trimestre foi “bastante afetado” pelos negócios descontinuados a partir de julho do ano passado; papel atinge cotação mínima de R$ 5,05, uma queda de 7,50%

IRBR3 recuava 3,66%, cotada a R$ 5,25, após registrar desvalorização de 7,50% na mínima do dia (R$ 5,05), no começo do pregão
17 de Agosto, 2021 | 10:40 AM

São Paulo — A ação do IRB Brasil RE (IRBR3) cravou, no começo do pregão desta terça-feira (17), uma nova cotação mínima em 12 meses, após a divulgação de um prejuízo no segundo trimestre. O papel atingiu a mínima de R$ 5,05, tombo de 7,50% na primeira meia hora de negócios na B3, acumulando desvalorização superior a 9% no mês e de 33% em 12 meses.

Na noite de ontem, o IRB Brasil reportou um prejuízo de R$ 206,9 milhões no segundo trimestre, menor do que a perda registrada em igual período do ano passado (R$ 656,7 milhões). Entre abril e junho, os prêmios emitidos totalizaram R$ 2,160 bilhões, uma redução de 15,1% na comparação anual. Os prêmios retidos tiveram uma queda de 7% no segundo trimestre, na base anual, totalizando R$ 1,590 bilhão.

“O resultado do segundo trimestre foi impactado pela conjuntura econômica que afetou globalmente o setor de resseguros, bem como por sinistros decorrentes de negócios descontinuados (run-off), com efeito de R﹩ 190,3 milhões, e por eventos não recorrentes (one-offs) de R﹩ 14,4 milhões. A partir da exclusão de tais efeitos, run-off e one-off, o IRB teria apresentado um prejuízo líquido normalizado bem menor: R﹩ 31 milhões no segundo trimestre. Já no primeiro semestre, com a retirada dos contratos deficitários e dos efeitos não-recorrentes do resultado, a companhia teria registrado um lucro líquido normalizado de R﹩ 57,1 milhões”, informou a companhia à imprensa.

O vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores do IRB Brasil RE, Werner Süffert, admitiu que o resultado financeiro do segundo trimestre foi “bastante afetado” pelos negócios descontinuados a partir de julho do ano passado, mas vê uma melhora nos indicadores.

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“Este efeito, porém, começa a perder força, enquanto os prêmios dos contratos mantidos e dos novos vão melhorando o resultado. Em resumo, a tendência é positiva”, disse o executivo.

Ele também comentou uma melhora no fluxo de caixa. “A companhia, pelo quarto trimestre consecutivo, apresentou uma geração de caixa operacional positiva. No semestre foram R﹩ 528 milhões e no trimestre R﹩ 352 milhões, o maior patamar da série histórica desde o início do ano passado”, disse o executivo.

Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.