São Paulo — O investimento estrangeiro na B3 atingiu R$ 2,391 bilhões em agosto, até o último dia 5, último dado disponível. O número mede a diferença entre compras (R$ 68,629 bilhões) e vendas (R$ 66,238 bilhões) de ações.
Os estrangeiros lideram os negócios na Bolsa brasileira, respondendo por 25,07% do total de compras e 24,20% do total de vendas de papéis. Em segundo lugar, aparecem os institucionais (11,88% de compras e 13% de vendas) e investidores individuais (9,22% de compras e 9,42% de vendas).
Apesar dos riscos
O resultado parcial da primeira semana do mês indica um saldo positivo, apesar do clima de cautela que se instalou desde o mês passado com as preocupações sobre ruídos políticos do ano pré-eleitoral, sobre os riscos de piora fiscal das contas públicas, além dos temores de um choque de juros com o repique da inflação no Brasil, a expectativa com a retirada dos estímulos à economia norte-americana com a consequente alta dos juros por lá e o avanço da variante Delta do novo coronavírus no mundo.
A média diária de negócios na B3 soma R$ 31,312 bilhões neste mês, com 4,022 milhões de transações. O desempenho está acima da média diária de julho (R$ 28,200 bilhões e 3,458 milhões de negócios), mas abaixo da média diária do acumulado do ano (R$ 34,229 bilhões e 3,907 milhões), indicando que o primeiro semestre foi mais movimentando do que está sendo este segundo.
Balanços e retomada
Índice de referência do mercado brasileiro de ações, o Ibovespa fechou em alta de 0,96%, aos 122.819 pontos, na última sexta-feira, acumulando valorização de 0,83% no mês e de 3,19% no ano.
Safra positiva de balanços do segundo trimestre, reforçando a avaliação de resiliência das principais companhias do país diante do segundo ano de pandemia da Covid-19, e perspectivas de retomada da economia brasileira após o avanço da campanha de vacinação compõem o contexto de manutenção da aposta dos estrangeiros nas ações negociadas na B3.