Dólar aprofunda baixa e juros curtos têm alta no ‘day-after’ do Copom

Economistas ainda têm dúvidas sobre a extensão do atual ciclo de ajuste na Selic

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São Paulo — O dólar mantém trajetória firme de baixa e as taxas de juros de curto e médio prazos sobem no dia seguinte à decisão do Banco Central, que levou a taxa Selic de 4,25% para 5,25% ao ano e contratou um novo aumento da mesma magnitude para setembro.

No day-after do Copom (Comitê de Política Monetária), os ajustes nas taxas são moderados, com os economistas ainda em dúvida sobre a extensão do atual ciclo de ajuste nos juros. Alguns veem a Selic pouco acima de 7% em dezembro, enquanto outros temem a resistência da inflação e acreditam que a taxa possa ficar fora deste patamar se o BC tiver que manter aumentos de juros em ritmo elevado no restante do ano.

  • Câmbio: dólar recuava mais de 1,12% para R$ 5,1117 pouco antes das 11h (horário de Brasília).
  • Taxas curtas e médias: Os juros para janeiro de 2022, foco atual do chamado horizonte relevante da política monetária do BC, subiam de 6,345% para 6,400%; as taxas para janeiro de 2023, passavam de 7,875% para 8,84%; e as para janeiro de 2025, subiam de 8,78% para 8,84%.
  • Taxas mais longas: Os juros para janeiro de 2027 têm alta mais comedida, passando de 9,10% para 9,13%, também pressionados pelas dúvidas em relação ao ajuste fiscal.

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