Huawei revela nova linha de smartphones para competir com a Apple na China

Novo modelo Pura 70 é o sucessor do Mate 60, lançado no ano passado e que conseguiu reduzir a liderança do iPhone no segmento de alto padrão no país

Huawei ajudou a minar popularidade da Apple na China
Por Bloomberg News
18 de Abril, 2024 | 04:30 PM

Bloomberg — A Huawei Technologies apresentou a sua mais recente série de smartphones nesta quinta-feira (18), que busca manter a empresa no centro das atenções na China após o dispositivo Mate 60 ajudar a minar a dominação da Apple (AAPL) no segmento de alto padrão no país.

A série de smartphones Pura 70 tem preço a partir de 5.499 yuan (US$ 760) e chega até 9.999 yuan para a edição Ultra, que corresponde ao preço de alguns modelos do iPhone 15.

O dispositivo, revelado com pouca divulgação em uma postagem no WeChat, alcançou o topo das listas de tendências nas redes sociais. O modelo Ultra possui uma câmera retrátil com abertura ajustável — uma raridade em telefones para consumidores.

O Pura enfatiza o ressurgimento da Huawei, que em 2023 lançou a série Mate 60, que trazia um processador que muitos consideravam além das capacidades dos fabricantes de chips chineses.

PUBLICIDADE

A Huawei não especificou o processador do novo telefone, mas vários revisores online postaram vídeos na quinta-feira que mostravam que os modelos mais avançados apresentavam um chip Kirin 9010.

Este é um sucessor do Kirin 9000 feito na China, presente no Mate 60 Pro, celebrado no ano passado como evidência de que o país poderia superar as sanções dos EUA.

Desde o lançamento em agosto, o Mate 60 tem contribuído para uma grande queda nas vendas do iPhone na China e ajudou a Huawei a superar seus concorrentes chineses.

PUBLICIDADE

Anteriormente conhecida como a série P, a linha Pura tradicionalmente se destacou pelas capacidades de câmera. Oferecer aos usuários domésticos uma opção nova poderia aplicar uma pressão adicional sobre o iPhone, que não está previsto para uma atualização até setembro.

Para a Huawei, é mais um passo em direção à reconstrução do negócio de consumo que já foi um motor de crescimento de receita.

Veja mais em Bloomberg.com