Tech de ativos digitais capta US$ 10 mi e atrai Marino, do Itaú, e Wible, do Nubank

‘Recursos serão usados para acelerar nossa expansão na América ‘do Sul, e Brasil é prioridade”, disse Gabor Gurbacs, fundador e CEO da Pointsville, à Bloomberg News; Valor Capital liderou a rodada, que contou com Tether, Votorantim e Dynamo

A aceitação de ativos digitais tem aumentado e atraído novos investidores e empresas (Foto: Paul Yeung/Bloomberg)
Por Cristiane Lucchesi
04 de Setembro, 2025 | 11:10 AM

Bloomberg — A Pointsville, empresa com sede em Pittsburgh que ajuda empresas a gerenciar ativos digitais e programas de fidelidade, captou US$ 10 milhões para acelerar o crescimento no Brasil e em outros países da América do Sul e em outras regiões.

A transação avaliou a Pointsville em US$ 84 milhões.

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A rodada liderada pelo Valor Capital Group também incluiu Ricardo Villela Marino, acionista e vice-presidente do conselho de administração do Itaú Unibanco, e Edward Wible, cofundador e acionista relevante do Nubank.

“Os recursos serão usados para acelerar nossa expansão na América Central e na América do Sul, bem como em grande parte da Ásia, e para impulsionar nossa parceria com os maiores bancos, bancos centrais, governos e instituições”, disse Gabor Gurbacs, fundador e diretor executivo da Pointsville, em uma entrevista à Bloomberg News.

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Brasil, El Salvador, Honduras e Argentina estão entre as prioridades da empresa, disse Gurbacs. “Os EUA também se abriram para negócios nos últimos meses.”

Também participaram da rodada de financiamento a empresa de stablecoin Tether, a Credit Saison do Japão e a empresa de capital de risco de blockchain Superscrypt, que é apoiada pela Temasek Holdings, fundo soberano de Singapura.

A empresa de investimentos brasileira Votorantim também participou, assim como a K2 Integrity, a SNZ Holding e a Dynamo.

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A Pointsville, fundada há seis anos, tem como objetivo estabelecer um padrão para a forma como os ativos tradicionais são transferidos para os mercados digitais, disse Gurbacs, que acrescentou que o mercado de ativos do mundo real tokenizados deve ultrapassar US$ 10 trilhões até 2030.

Como parte do acordo, Bruno Batavia, diretor da Valor Capital, se juntará ao conselho de administração da Pointsville.

Anteriormente, Batavia trabalhou por mais de uma década no Banco Central do Brasil, em que desempenhou um papel fundamental no lançamento da Drex, a iniciativa do real digital brasileiro, e liderou o Grupo de Trabalho de Tokenização, moldando a forma como os bancos centrais implementam a infraestrutura de ativos tokenizados globalmente.

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“Nossa empresa alimentou o programa FanCash da Fanatics e algumas equipes esportivas muito grandes, e estamos muito animados para fazer parcerias com mais empresas e também com empresas de telecomunicações e finanças nos EUA”, disse Gurbacs.

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