Bloomberg — A SumUp se prepara para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Europa ou nos Estados Unidos enquanto avança ainda mais na área de serviços bancários.
A empresa de pagamentos com sede em Londres ainda não definiu um cronograma e continua avaliando as praças de listagem, segundo o Chief Commercial Officer (CCO) e CEO para o Reino Unido, Luke Griffiths.
“Estamos no processo de preparação. Quando chegar o momento adequado, queremos estar prontos para reagir e agir rapidamente”, afirmou em entrevista à Bloomberg News.
Leia também: SumUp chega ao México e quer contribuição maior de LatAm na receita global, diz CFO
O valuation mais recente da companhia foi de US$ 8,5 bilhões em uma rodada interna em 2023. A SumUp integra agora um grupo de candidatas a IPO que tentam aproveitar a melhora recente no apetite do mercado por novas ofertas.
“Estamos, como você pode imaginar, em muitas conversas com bancos e com parceiros com quem precisamos — ou já precisamos — trabalhar para concluir essa etapa de preparação. Monitoramos o mercado o tempo todo”, disse Griffiths, que não comentou a avaliação estimada.
Griffiths, que atuou como diretor comercial da Klarna em Londres até 2023, trabalha agora para ampliar o portfólio de produtos e a presença geográfica da SumUp.
Em um sinal da expansão para além da maquininha de cartão que deu origem ao negócio, a empresa informou nesta quarta-feira (9) que atingiu € 1 bilhão (US$ 1,2 bilhão) em depósitos de clientes e 1,5 milhão de contas empresariais ativas.
A partir deste mês, pequenas empresas que usam a plataforma da SumUp também podem depositar dinheiro em espécie em determinados estabelecimentos no Reino Unido, Itália, Espanha e França, segundo comunicado.
A empresa passará a oferecer contas locais na Itália no início de 2026 e pretende fazer o mesmo em outros países europeus.
Como várias fintechs, a SumUp também avalia ampliar seus serviços para clientes pessoa física na segunda metade do ano que vem.
“Vemos uma grande oportunidade de direcionar consumidores para nossa rede de comerciantes, oferecendo benefícios como cashback, programas de fidelidade e outros incentivos”, afirmou Griffiths.
Fundada em 2012, a SumUp fornece maquininhas usadas por mais de 4 milhões de pequenos comerciantes e também oferece serviços de pagamento online. A empresa atua em 37 mercados no mundo.
A fintech solicitou uma licença bancária no Brasil no início deste ano, onde já opera uma unidade de crédito, e planeja pedir autorizações em outros países. Atualmente, a companhia opera na Europa por meio de uma parceria bancária.
No ano passado, a Goldman Sachs Asset Management liderou um pacote de crédito privado de € 1,5 bilhão (US$ 1,6 bilhão) para a fintech.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
Ajuda ao Will Bank, do Master, pode envolver FGC e venda ao Mubadala, dizem fontes
Reformas de Milei acirram batalha entre bancos e fintechs na América Latina
Nubank e Revolut testam forças no México na batalha de fintechs globais
©2025 Bloomberg L.P.








