:quality(75)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/bloomberglinea/2X5UCOCP2VHO7JFXE5HOS3EILY.jpg "Fundadores da Pismo (a partir da esquerda): Juliana Binatti, Ricardo Josua, Daniela Binatti e Marcelo Parise (Foto: Germano Lüders)")
Bloomberg Línea — A Visa (V) anunciou nesta quarta-feira (28) que fechou um acordo para comprar a fintech brasileira Pismo por US$ 1 bilhão, com pagamento integral em dinheiro.
A Pismo, de forma nativa, fornece plataforma bancária e soluções de pagamento baseadas na nuvem e tem operações na América Latina, na Ásia Pacífico e na Europa.
A empresa, fundada em 2016 pelos profissionais Ricardo Josua (atualmente CEO), Daniela Binatti (CTO), Juliana Binatti (CPO) e Marcelo Parisi (VP de Engenharia), disse que irá manter seu time de gestão.
Segundo Jack Forestell, líder global de produtos e estratégia da Visa, com a aquisição, a empresa passará a oferecer diferentes soluções bancárias e de emissão para seus clientes.
Para a Pismo, além de uma saída para investidores como Redpoint, SoftBank, Amazon e Accel, e sócios, a fintech terá condições de ampliar uma presença global que já possui.
A Bloomberg News já tinha relatado que a Visa, que competia com a Mastercard (MA) nas negociações para adquirir a empresa, estava mais perto de fechar o acordo.
A transação está sujeita a aprovações regulatórias e está prevista para ser concluída ao final de 2023.
A compra da Pismo representa novo passo na estratégia da Visa de aproximação e operações de M&A (fusões e aquisição) com startups com inovações em tecnologia financeira. Nos Estados Unidos, a Visa tentou comprar a fintech Plaid por US$ 5,3 bilhões em 2020, mas abandonou o acordo em 2021 depois que as autoridades americanas bloquearam a transação em razão de políticas antitruste.
O acordo também representa o maior negócio já registrado no ecossistema de startups latino-americano, segundo dados da da plataforma de inovação Sling Hub, e isso em um momento de menor disponibilidade de capital de risco no mercado.
Ainda segundo dados do Sling Hub, maio registrou 15 fusões e aquisições bem-sucedidas de startups na América Latina. Das 14 aquisições, 12 tinham tanto os compradores quanto as empresas adquiridas com sede no Brasil e metade foram feitas por startups.
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