Telefónica estuda aumento de fatia em unidade de fibra no Brasil, dizem fontes

Segundo pessoas que falaram à Bloomberg News, grupo espanhol controlador da Vivo avalia aumentar participação ou comprar o restante de sua fatia na FiBrasil

Sede do grupo Telefónica, em Madri: empresa tem realizado uma grande revisão estratégica nos últimos meses. (Foto: Paul Hanna/Bloomberg)
Por Clara Hernanz Lizarraga - Paula Sambo
20 de Maio, 2025 | 03:33 PM

Bloomberg — O grupo Telefónica considera aumentar sua participação em um negócio de banda larga de fibra óptica que possui no Brasil, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg News.

A operadora espanhola, que controla a Vivo (VIVT3) no país, detém 50% da FiBrasil e considera comprar parte ou todo o restante, que pertence à Caisse de Depot et Placement du Quebec (CDPQ), disseram as fontes, que não podem ser identificadas em função de discussões particulares.

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Nenhuma decisão foi tomada e a Telefónica pode acabar não comprando a participação.

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A Telefónica tem realizado uma grande revisão estratégica, e uma das metas definidas pelo presidente executivo do conselho, Marc Murtra, que assumiu o cargo em janeiro, é simplificar a estrutura da operadora com sede em Madri, à medida que a empresa muda o foco para quatro mercados principais — Brasil, Espanha, Reino Unido e Alemanha.

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Desde 2019, a Telefónica vendeu participações em diversas unidades de fibra óptica em diferentes países para reduzir o custo de capital de seus investimentos em infraestrutura. Como resultado, a empresa agora detém participações em diversas joint ventures em parceria com diferentes investidores.

Porta-vozes da Telefónica e da CDPQ não comentaram sobre o assunto.

A Telefónica detém parte de sua participação na FiBrasil por meio de sua unidade Telefónica Infra e outra parte por meio de sua subsidiária Telefônica Brasil. A Telefônica Brasil também opera sua própria rede de fibra.

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A FiBrasil foi criada em 2021 para construir e operar redes de fibra no atacado em cidades brasileiras de médio porte, onde fornece serviços para operadoras de telecomunicações menores.

A unidade alcançava 4,6 milhões de domicílios em 31 de dezembro e conta com a Telefónica Brasil como sua principal locatária âncora.

A CDPQ disse que investiria R$ 1,8 bilhão no empreendimento quando ele foi criado em 2021. Desde então, a FiBrasil quase triplicou em termos de número de casas atendidas.

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O Brasil contribui com cerca de 25% das receitas da Telefónica.

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