Constellation, operadora de petróleo que atua no Brasil, planeja listagem em Oslo

Em entrevista à Bloomberg News, o CEO Rodrigo Ribeiro disse que a decisão de negociar as ações é sinal de confiança no mercado brasileiro de equipamentos de perfuração offshore

Plataforma de petróleo próxima a Niterói: frota de sondas da Constellation no país tem uma carteira de pedidos de US$ 2,1 bilhões (Foto: Dado Galdieri/Bloomberg)
Por Peter Millard
21 de Fevereiro, 2025 | 02:27 PM

Bloomberg — A perfuradora offshore Constellation Oil Services Holding planeja listar ações em Oslo, na Noruega, após reduzir dívidas e aumentar a receita de contratos com a Petrobras.

A listagem planejada no mercado Euronext Growth Oslo é um sinal de confiança no mercado brasileiro de equipamentos de perfuração offshore, à medida que a Petrobras e outras operadoras desenvolvem descobertas e expandem a exploração, disse o CEO da Constellation, Rodrigo Ribeiro, em entrevista para a Bloomberg News.

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A frota de sondas da Constellation no país tem uma carteira de pedidos de US$ 2,1 bilhões, um número que cresceu após os aumentos recentes de taxas cobradas por serviços da empresa, acrescentou o CEO.

“A empresa está em uma excelente posição para geração de caixa”, disse Ribeiro. “O Brasil tem o maior mercado de perfuração offshore do mundo.”

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Os investidores atuais da empresa terão a opção de listar suas ações, e a Constellation não está levantando novos recursos por meio da venda, disse Ribeiro.

Ele estimou o valor da Constellation em aproximadamente 8 bilhões de coroas norueguesas (US$ 720 milhões) e disse que os acionistas precisam listar pelo menos 15% das ações para que a oferta prossiga.

A Constellation espera que as ações comecem a ser negociadas por volta de 6 de março. Os lucros antes de juros, depreciação e amortização devem saltar para entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões em 2026, acima do guidance de cerca de US$ 200 milhões em 2024, de acordo com Ribeiro.

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É um contraste em relação aos últimos anos, quando um escândalo de corrupção do governo brasileiro e a queda dos preços do petróleo levaram a Petrobras a cortar investimentos.

A crise jogou o mercado de plataformas em uma queda brusca que culminou com a Constellation, anteriormente conhecida como QGOG, deixando de pagar títulos e iniciando negociações com credores.

Alguns desses detentores de títulos acabaram assumindo participações acionárias na empresa.

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“Esta é uma nova fase depois de muitos anos de reestruturação”, disse Ribeiro.

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