Bloomberg Línea — No mercado em transformação de benefícios trabalhistas, uma nova tendência ganha força entre empresas brasileiras. Trata-se da adoção crescente de “vales de Natal” em substituição à tradicional cesta de fim de ano.
As informações fazem parte de um levantamento conduzido pela empresa francesa Swile junto à sua base de clientes.
A demanda pelo chamado “vale Natal” cresceu 100% em 2024, depois de expansão de 56% no ano anterior. O alcance chegou a 220 mil trabalhadores.
Para 2025 a expectativa da empresa francesa, que tem no Brasil um de seus principais mercados, é a de nova expansão acelerada, da ordem de 40%.
No mundo, são cerca de 5,5 milhões de trabalhadores atendidos pela Swile, em 85.000 clientes corporativos.
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“O vale representa logística zero para a área de RH, sem necessidade de estoque, com menos perdas e mais aderência por parte do colaborador, porque cada pessoa decide onde e como gastar”, disse Nicolas Batista, diretor de Estratégia e Novos Negócios da Swile, em nota.
O executivo citou características da cesta de Natal tradicionalmente distribuída no Brasil a trabalhadores de empresas, como a necessidade de uma operação cuidadosa para distribuição de alimentos não perecíveis (como panetones e biscoitos) a perecíveis (como peru de Natal e embutidos).
Outro diferencial do produto, segundo ele, é um controle mais acurado da distribuição e do uso do benefício, evitando o risco de desvios.
O tíquete médio do vale de Natal foi de R$ 330, segundo a Swile. Supermercados responderam por 54% do uso do dinheiro depositado, e restaurantes, por 16%; em seguida vieram varejo (12%), serviços (8%) e automotivo (5%).
A empresa tem crescido no Brasil com um modelo de negócios que prevê a possibilidade de uso dos recursos depositados por empresas em benefícios diversos por meio de um cartão - de bandeira Mastercard: alimentação, refeição, combustível, home office e, em expansão, também para o Natal.
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