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Bloomberg — O Mubadala avalia a compra de uma participação em Heathrow, segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg News, o que colocaria o fundo soberano de Abu Dhabi entre os principais acionistas do aeroporto de Londres, junto ao Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita e a Autoridade de Investimentos do Qatar.
O gigante de investimentos considera o negócio depois de ter sido abordado pela empresa de private equity francesa Ardian, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque a informação não é pública.
As deliberações estão em andamento e nenhum acordo foi fechado, disseram as fontes. O Mubadala ainda não tomou uma decisão final sobre o investimento e pode decidir não prosseguir com a aquisição.
Em novembro, a empresa espanhola de infraestrutura Ferrovial selou acordo com a Ardian e o PIF, como é conhecido o fundo saudita na sigla em inglês, para vender sua participação de 25% por £ 2,37 bilhões (US$ 3 bilhões).
Acionistas com mais de 35% do capital de Heathrow aderiram à venda através do direito de “tag along”, o que significa que essas posições também devem ser vendidas para que o negócio seja concretizado.
Ao longo dos últimos anos, governos do Oriente Médio têm feito seus abastados fundos soberanos investirem em ativos de infraestrutura em todo o mundo para diversificarem suas economias dependentes do petróleo.
Se o Mubadala comprar Heathrow, se tornará o terceiro acionista do aeroporto ligado a um governo do Golfo Pérsico. A decisão da espanhola Ferrovial de vender sua participação para o PIF já havia levantado preocupações sobre o controle acionário de um ativo importante no Reino Unido nas mãos de fundos do Oriente Médio.
O Qatar detém 20% do capital de Heathrow, enquanto a Caisse de dépôt et placement du Québec, o fundo soberano GIC, de Singapura, e o Australian Retirement Trust têm cada um participações inferiores a 13%. Um fundo de aposentadoria de universidades britânicas detém 10%.
Porta-vozes de Heathrow, PIF, Ardian e Mubadala não quiseram comentar. Um porta-voz da Ferrovial não pôde ser contactado imediatamente.
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