Light: acordo com credores prevê injeção de até R$ 1,5 bi de capital de acionistas

Novo capital deverá vir de Nelson Tanure, Ronaldo Cezar Coelho e Carlos Alberto Sicupira; empresa de energia chegou a um acordo preliminar que propõe também a conversão de dívidas

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Bloomberg — A Light receberá novo capital e converterá dívidas em capital próprio sob um acordo preliminar de reestruturação que alcançou com credores.

A empresa de energia elétrica com sede no Rio de Janeiro, que enfrenta dificuldades, disse em um comunicado divulgado na segunda-feira (15) que o acordo preliminar inclui uma injeção de capital de até R$ 1,5 bilhão, a emissão de novos títulos e a conversão de até R$ 2,2 bilhões de dívida existente em capital próprio.

O novo capital deverá vir dos principais acionistas, Nelson Tanure, Ronaldo Cezar Coelho e Carlos Alberto Sicupira, que juntos detêm 65% da empresa, segundo informações da Bloomberg News, citando pessoas familiarizadas com as negociações.

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A Light, que tem cerca de R$ 11 bilhões em dívida total, entrou com pedido de recuperação judicial no ano passado, após alertar que os reguladores governamentais não estavam a autorizando a cobrar dos clientes um valor o suficiente para pagar suas obrigações.

A empresa culpou o roubo de energia e as altas taxas de inadimplência por sua receita em deterioração. Mais de um quarto da energia enviada para a rede estava sendo perdida para roubo, custando à empresa cerca de US$ 200 milhões por ano.

Nos termos do acordo, pelo menos 35% dos créditos ajustados serão convertidos em capital próprio - um total de até R$ 2,2 bilhões. A conversão ocorrerá dentro de 90 dias após a Light renovar sua concessão com o governo.

O acordo também inclui a emissão de novos títulos. O primeiro, com um máximo de R$ 4,1 bilhões, venceria em oito anos e pagaria inflação mais 5%. O segundo tem um vencimento de 13 anos e paga inflação mais 3%. O montante não foi divulgado.

Um terceiro título, a ser emitido para credores locais da subsidiária Light Sesa, terá um valor máximo de R$ 670 milhões, com um vencimento de 10 anos, e pagará CDI mais 0,5%.

O acordo vinculativo será submetido à aprovação dos credores em uma assembleia geral antes de se tornar um plano completo de reestruturação.

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