Bloomberg Línea — O Itaú Unibanco (ITUB4) reportou no início de noite desta terça-feira (5) um lucro líquido recorrente de R$ 11,508 bilhões no segundo trimestre, um crescimento de 3,4% em três meses e de 14,3% em 12 meses.
O resultado do maior banco da América Latina em ativos ficou levemente acima do consenso de analistas (R$ 11,38 bilhões), segundo a Bloomberg.
“O desempenho reflete a força de um banco com atuação diversificada, controle de despesas e uso intensivo de tecnologia para ganho de eficiência”, apontou o Itaú em nota à imprensa.
A rentabilidade medida pelo ROE (retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio atualizado) ficou em 23,3%, acima dos 22,5% do primeiro trimestre e de 22,4% no mesmo período um ano antes.
O maior banco brasileiro elevou o guidance (projeção) para a margem financeira com clientes de 2025.
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No início do ano, a expectativa era a de um aumento entre 7,5% e 11,5%. Agora, indica crescimento entre 11% e 14%.
No segundo trimestre, a margem financeira com clientes cresceu 15,4% na comparação anual, “impulsionada pelo aumento da carteira de crédito e maiores rentabilidades com passivos e remuneração do capital de giro próprio — reflexo da escala e da eficiência operacional", segundo a nota.
A instituição financeira também revisou a alíquota efetiva de IR (Imposto de Renda) para o intervalo de 28,5% a 30,5%, acima do guidance anterior (27% e 29%).
O CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, destacou o lançamento do Itaú Emps, um aplicativo voltado para micro e pequenas empresas, que busca ampliar a presença no segmento de PME (pequena e média empresa).
“Seguimos demonstrando a solidez da nossa estratégia e a capacidade do Itaú Unibanco de crescer com consistência e gerar valor. Avançamos com inovação e eficiência”, mencionou o executivo na nota.
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A inadimplência acima de 90 dias ficou estável no segundo trimestre, mantendo-se no menor patamar dos últimos 18 trimestres, segundo o balanço.
O destaque do ponto de vista de qualidade de crédito foi a carteira de pessoa física no Brasil, cuja inadimplência está no menor patamar da história.
A carteira de crédito com garantias financeiras e títulos privados teve incremento de 7,3% em 12 meses. No segmento de pessoa física, o crescimento foi de 8%.
O crédito imobiliário teve maior variação (+17,2%), seguido por cartão de crédito (+7,7%) e crédito pessoal (+5,5%).
As receitas com serviços e seguros aumentaram 3,1% na comparação anual, “impulsionadas pelo crescimento no faturamento com emissão de cartões, administração de recursos e um avanço de 17,3% no resultado de seguros, consolidando a força do banco em negócios de escala e recorrência”.
O índice de capital principal (CET) encerrou o segundo trimestre em 13,1%, mantendo-se estável com igual período de 2024.
As ações do Itaú acumulam valorização de 28,4% em 2025 e de 19,17% em 12 meses.
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