Bloomberg — O lucro da Geely Automobile aumentou no terceiro trimestre, uma vez que uma campanha de descontos em andamento, apesar do escrutínio chinês sobre essa prática, impulsionou as vendas.
O lucro líquido aumentou 59% nos três meses encerrados em 30 de setembro, em relação ao ano anterior, para 3,8 bilhões de yuans (US$ 535 milhões), informou a empresa em um comunicado na segunda-feira. A receita cresceu 27%, para 89,2 bilhões de yuans, impulsionada por um salto de 43% nas entregas de veículos.
Suas ações negociadas em Hong Kong caíram 1,4% após a divulgação dos resultados.
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A Geely continua a simplificar sua rede de negócios para reorientar sua energia para enfrentar rivais como a BYD e a Xiaomi no mercado automotivo ultracompetitivo da China.
Uma guerra de preços de longa duração e a redução de um subsídio nacional de troca pesaram sobre o setor, enquanto as ordens dos órgãos reguladores para pagar os fornecedores mais rapidamente pressionaram o fluxo de caixa.
Embora as autoridades chinesas tenham tentado controlar os descontos excessivos, a Geely e outras montadoras persistiram em oferecer diferentes formas de incentivos para estimular as vendas.
A atualização de 2026 do veículo utilitário esportivo elétrico Galaxy E5, que vem com um software melhor e uma bateria de maior alcance, tem o mesmo preço - 109.800 yuans - para a versão básica.
No início de novembro, a Geely lançou um desconto de até 15.000 yuans para compensar a redução de um desconto no imposto de compra de veículos elétricos a partir do início de 2026.
A empresa não é a única a fazer isso, com pelo menos meia dúzia de outras marcas, como Xiaomi e Li Auto, também lançando vantagens semelhantes para atrair clientes.
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O desempenho robusto da Geely contrasta com o da BYD, sua maior rival, que registrou queda nos lucros nos últimos dois trimestres.
A diferença entre as duas nas vendas na China diminuiu, já que as entregas da Geely aumentaram mais de 50% nos primeiros nove meses do ano com modelos de sucesso, como o hatchback Xingyuan, o modelo mais vendido da China. As vendas domésticas da BYD cresceram 5%.

Embora o ímpeto interno seja forte, as exportações da Geely estão sob pressão devido à queda nas vendas na Rússia, onde os gastos enfraqueceram e as autoridades aumentaram a taxa sobre as importações de automóveis.
As remessas para o exterior caíram 7% até setembro, de acordo com um relatório anterior da bolsa de valores.
Mas a empresa está aumentando a expansão para outros mercados, como o Reino Unido e o Brasil, onde formou uma joint venture com a Renault para fabricar carros para o mercado sul-americano.
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