Bloomberg — As ações da LVMH registraram alta ao longo do dia enquanto investidores passaram a apostar que o alívio está à vista para o titã dos produtos de luxo, depois de outro trimestre de queda nas vendas.
Apesar do resultado negativo, os papéis da empresa subiram até 5,1%, revertendo as perdas anteriores, com o otimismo de que a última atualização trimestral da LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton marca o fundo do poço para a empresa francesa, que foi duramente atingida por uma queda na demanda dos consumidores na China e pelas tarifas dos EUA.
A receita da principal divisão de moda e artigos de couro caiu 9% em uma base orgânica no segundo trimestre, informou a LVMH na quinta-feira (25). Isso foi pior do que as estimativas dos analistas, que previam uma queda de 7,8%.
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Depois que as ações caíram cerca de 30% nos últimos 12 meses, no entanto, analistas disseram que os resultados mais recentes e os comentários em uma ligação com os executivos da empresa sugeriram que as tendências na China podem começar a melhorar e que a LVMH está tomando medidas para lidar com os altos custos.
Os “resultados mostram uma rápida implementação de eficiências e algum vislumbre de esperança de que o declínio das vendas tenha finalmente diminuído”, disseram os analistas do HSBC liderados por Erwan Rambourg em uma nota.
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Os investidores também estão ficando mais otimistas em relação às perspectivas de tarifas depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, fechou acordos recentes com o Japão e outros países, com uma taxa potencial de 15% para a União Europeia entrando em foco.
Embora as vendas da LVMH no Japão e na China tenham caído no segundo trimestre, elas permaneceram estáveis nos EUA, uma melhora em relação ao primeiro trimestre, ajudadas pelo champagne e pela resiliência da unidade de moda e artigos de couro, disse a diretora financeira Cecile Cabanis a repórteres em uma ligação telefônica. A divisão registrou crescimento de vendas nos EUA, embora tenha desacelerado em relação aos três primeiros meses do ano, disse ela, sem fornecer mais detalhes financeiros.
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O lucro das operações recorrentes no primeiro semestre foi de 9 bilhões de euros (US$ 10,6 bilhões), uma queda de 15% em relação ao ano anterior, mas ligeiramente acima das estimativas de 8,8 bilhões de euros.
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